fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Melhor Prevenir do Que Remediar.



Melhor Prevenir do Que Remediar

Desenvolva a arte de ser paciente.
Ela traz calma,
serenidade e é grande
aliada nas tomadas de decisões.
A impaciência é responsável por atitudes
precipitadas, que podem levar ao arrependimento.
Lembre-se: é melhor prevenir do que remediar.
Eliecy Costa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aprender Perseverar


Aprender  Perseverar

Não se deixe contaminar pela mentalidade imediatista.
Aprenda a ser persistente, aprenda a permanecer,
exercite a virtude de perseverar.
Assim, sua Alma ganhará firmeza interior.
E sua Vida será bem-sucedida.
Eliecy Costa

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bom Dia Com Jesus



Bom dia!

Como você acordou hoje?


Animado? Cheio de problemas? Você acordou alegre ou triste?


Existe um texto na Bíblia, no livro de Filipenses, capítulo 4, versículo 4 que afirma: “Tenham sempre alegria!”


É possível estar alegre o tempo todo? Nem sempre temos motivos para estar alegres. Mas o que o apóstolo Paulo quis nos dizer com “Tenham sempre alegria?” O versículo continua dizendo: “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor.” O motivo que alegrava a vida de Paulo é a certeza de que Deus estava com ele. A união com Deus é fonte de alegria. Você pode e irá passar por momentos tristes, mas lembre-se das palavras de Paulo: “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.” (Fp 4.13).


Tenha um dia abençoado e feliz, pois Cristo está contigo.


Eliecy Costa

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Artes infantis


                                                                    

 Artes infantis


Como você costuma reagir às artes dos seus filhos?
 Você é daqueles que acredita que as crianças devam ser bem disciplinadas para se tornarem adultos responsáveis?

Você está certo. Contudo, o que deve se considerar é como a disciplina é imposta aos pequenos.

Esta é a história de um escritor brasileiro que narra sua experiência pessoal, acontecida lá pelos seus sete ou oito anos de idade. Hoje ele já conta mais de oitenta.

Ele morava, com os pais, a poucos metros de distância dos trilhos do trem. Era um garoto retraído e meio caladão.

Mas, um belo dia resolveu testar a sua força e pontaria. Escolheu para alvo o trem que passava. Pegou uma pedra, mirou e atirou.

Acontece que era um trem de passageiros. A pedra quebrou uma vidraça. Felizmente não atingiu ninguém.

Quando o trem chegou à estação seguinte, telefonaram para aquela onde vivia o garoto e, naturalmente, não foi difícil descobrir o autor do ato terrorista.

Os pais não eram dados a castigos corporais, mas o pai decretou um castigo terrível para o filho. Deveria ficar sentado à vista de todos, no alto de uma pilha de dormentes de madeira, à beira da linha do trem.

O menino se sentia humilhado. E o pior de tudo é que não estava entendendo a razão de todo aquele castigo. Afinal de contas, ele só jogara uma pedra no trem.

Lá pelas tantas, porém, se aproximou um empregado da estação ferroviária. Subiu os dormentes e se sentou ao lado dele.

Não trouxe palavras de condenação ou de censura. Também não desautorizou a providência punitiva do pai. Mas explicou, de forma adulta, que o gesto impensado poderia ter ferido, talvez até matado alguém, no trem.

Que ele pensasse nas consequências. Alguém poderia ter ficado cego ou muito ferido com a sua arte.

Ao concluir o seu depoimento, recordando desse momento infantil, o escritor confessa que nunca mais jogou pedras em ninguém, embora tenha levado algumas pedradas pela vida afora.

Mas o que ele recorda e com muita gratidão, apesar de tantos anos passados, é que aquele homem foi a primeira pessoa que, em vez de repreender, censurar ou criticar, lhe falou como um adulto. De homem para homem, sem ironias, ou agressividade.

Acima de tudo, explicou a ele a situação. Isso lhe permitiu entender o porquê da penalidade que estava sofrendo.

* * *

Antes de qualquer crítica apressada ou condenação, é indispensável ouvir os filhos.

É importante que eles expliquem as suas razões, da mesma forma que os pais, na qualidade de educadores, devem explicar o erro que eles cometeram.

Muitas vezes, somente o fato dos filhos descobrirem que cometeram uma falta, já lhes constitui penalidade suficiente porque a consciência os acusa.

O que equivale a dizer que, melhor do que qualquer castigo, sem diálogo, vale uma boa explicação acerca de consequências, perigos e responsabilidade.

Como dizem:

 É conversando que a gente se entende...

Momento Espírita,

Eliecy Costa

A melhor idade do Amor





                                                               A melhor idade do Amor

Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã.

Chuva insistente de outono.

Um casal adentra uma panificadora para tomar café.

Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.

Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele. Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.

A diferença de idade é gritante. Não mais de quarenta, ela. Próximo aos oitenta, ele.

Ele olha para fora pela janela entreaberta.

Ela sorri, carinhosa.

Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?

Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.

E você? Onde nasceu? – Volta a inquirir a mulher.

Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.

E o que você lembra de lá?

Ah... Muitas coisas... – Responde ele, com leve sorriso.

Então, silencia. Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste. Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.

Sabe... Acho que tive uma vida feliz...

Ela permanece interessada. Um interesse de primeiro encontro. Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.

Respira fundo. Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.

Você só casou uma vez? – Pergunta ela, com certo embaraço na voz.

Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.

Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente. Esboça um sorriso para disfarçar. Olha para a mesa. Ainda resta um pão.

Pode comer. Já estou satisfeita.

Almoçamos juntos amanhã? – Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.

Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos. Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...

Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...

Não tem problema. – Diz ela, carinhosa. - Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.

Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre. Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não “enferrujar”. – Conclui ele.

É verdade... – Ela suspira. – Precisamos cuidar da memória...

Novamente um longo silêncio entre os dois.

Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.

Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.

Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.

Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:

Pai... Pai... Posso pedir a conta?

Ele acena positivamente. A conta chega. Ela se levanta primeiro, vai em direção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.

Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.

* * *

Foram nossos genitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.

Pensando em tudo isso, louve aos seus pais. Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.

Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai. Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;

Ouça o que eles tenham a dizer. Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você. Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus genitores anos atrás.


cap. 7, do livro Ações corajosas para viver em paz,José Raul Teixeira, ed. Fráter.

Eliecy Costa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A verdade



A verdade

Uma tarde, muito desconsolada e triste, a verdade encontrou
a Parábola, que passeava alegremente, num traje
belo e muito colorido.
- Verdade, porque estás tão abatida?
- perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens
me evitam tanto!
- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso
que os homens te evitam.Toma, veste algumas das
minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes
da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passava
era bem vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a
Verdade nua; eles a preferem disfarçada."
Eliecy Costa

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Perdão incondicional




Perdão incondicional

O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.

O orgulho é de tal ordem que basta um parente cometer um erro social para ficarmos furiosos. É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente.

Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anticaridosas de tal atitude.

Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu nas carnes da alma a incompreensão e abandono dos seus familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária.

Os seus parentes o isolaram totalmente. Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. Nunca o foram visitar na prisão durante a sua permanência ali.

Tudo aconteceu a partir do momento em que aquele homem, depois de conseguir a liberdade condicional por bom comportamento, tomou o trem, de retorno ao lar.

Por uma coincidência que somente a providência divina explica, um amigo do diretor da penitenciária se sentou ao seu lado.

Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem, com gentileza, lhe falou:

O amigo parece muito angustiado! Não gostaria de conversar um pouco? Talvez pudesse diminuir o desconforto.

O ex-presidiário deu um profundo suspiro. Constrangido, falou: realmente. Estou muito tenso. Estou voltando ao lar. Escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira existente nas imediações da estação, caso me tivesse perdoado o ato vergonhoso.

Se não me quisesse de volta, não deveria fazer nada. Então eu permanecerei no trem e rumarei para um lugar incerto.

O novo amigo verificou como sofria aquele homem. Ele sofrera uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregara e a da família, que o abandonara.

Condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore. A macieira que selaria o destino daquele homem.

Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex-condenado. Falou quase num sussurro: lá está ela.

E mais baixo ainda: não existe uma fita branca na macieira.

Fez uma pausa que pareceu uma eternidade.

. . . A macieira está toda coberta de fitas brancas.

A terapia do perdão dissipou naquele exato momento toda a amargura que havia envenenado por tanto tempo uma vida humana.

O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as marcas da angústia que até então o atormentara.

A simbologia das fitas brancas do perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente. Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus:

Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra."

Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu?

A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho.

Você sabia?

Você sabia que o maior exemplo de perdão foi dado por Jesus?

Ele retornou após a morte para amparar os apóstolos. Apóstolos que, à exceção de João, o haviam abandonado na hora da sua prisão, flagelação e morte.

Apesar disso, ele ratificou a missão que lhes conferira de espalhar as sementes do Seu Evangelho pela Terra.

E eles aproveitaram muito bem o perdão de Jesus. Tornaram-se homens corajosos, incansáveis na luta pela verdade e pelo bem.

Tornaram-se exemplos para nós. Graças ao perdão de Jesus o Evangelho nos chegou pelo trabalho e esforço de um punhado de homens.

Momento Espírita

Eliecy Costa

Por que veio ao mundo?

Por que veio ao mundo?



Você já se perguntou, algum dia, por que é que você nasceu? Por que veio ao mundo?

Cada um de nós traz uma missão para cumprir. Existem aqueles que logo a descobrem e se esmeram no cumprimento dela.

São os gênios, que cedo despertam e atraem para si os olhos do mundo: pintores, músicos, literatos, homens de ciência.

Outros demoram um tempo mais longo para se darem conta do que devem fazer. Alguns nunca chegam a descobrir que nasceram para realizar algo especial.

Esse algo especial pode ser se tornar pai, ou mãe, ter filhos, educá-los, transformando-os em homens de bem.

Quando, por exemplo, assistimos a um espetáculo musical e nos encantamos com a voz de uma cantora, já não nos ocorreu pensar em quem são seus pais? Como a educaram?

Terão percebido, desde cedo, o maravilhoso dom da filha e se esmeraram em lhe propiciar as melhores oportunidades para desenvolvê-lo?

E, concluímos: eles cumpriram sua missão. Aí está sua filha, emocionando corações, enchendo de sons o mundo, encantando plateias, com sua extraordinária voz.

Quando lemos trabalhos científicos ou filosóficos e nos admiramos com o saber ali contido, fruto de mentes de valor, pensamos em que essas criaturas vieram ao mundo para o tornarem melhor.

E estão cumprindo a sua missão, espalhando, com suas teses, suas teorias, seus escritos, suas conferências, as boas ideias, auxiliando a construir o homem renovado. Auxiliando-o a viver melhor.

Quando descobrimos um professor dedicado ao ensino, muito além do dever, pensamos: essa deve ser sua missão!

E como ele a está cumprindo, com honra!

Então, em certos dias, olhamos para nós mesmos, analisamos os anos vividos, os que nos faltam ainda a vencer e nos indagamos: Afinal, porque eu nasci?

Nada fiz ou faço de excepcional. Tenho um diploma, um emprego, sustento-me. Mas, por que estou aqui?

Nada faço que possa melhorar a vida de alguém. Não sou excepcional em nada. Talvez, até, não passe da média.

É nesses momentos que nos devemos recordar de um jovem apaixonado pela verdade que defendia.

Ele crescera, preparando-se para assumir um posto de destaque entre os seus. Seria um rabino. Em verdade, substituto do grande e respeitado Gamaliel.

Contudo, um dia, recebeu um chamado especial. Ele não saberia definir se a voz vinha de fora ou se soava dentro do seu coração.

Mas foi o suficiente para o jovem Saulo indagar: Senhor, que queres que eu faça?

E dali em diante, tornou-se a vontade do suave Pastor na Terra ao ponto de, em determinado momento de sua vida, assim se expressar:

Já não sou quem vive. É o Cristo que vive em mim.

À semelhança do jovem de Tarso, é bom meditemos, vez ou outra, nos indagando: Por que eu estou aqui? Que devo fazer?

E se permitir ouvir a resposta.

Logo identificaremos que temos algo muito importante a fazer: crescer, progredir, melhorarmo-nos.

E, realizando essa proeza, a cada dia, verificaremos que estaremos colaborando para a implantação mais breve do mundo renovado.

Um mundo de paz, de bênçãos, de trabalho, de harmonia.

Pensemos nisso.

Momento Espírita
Eliecy Costa

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Uma virtude Inestimável


Uma virtude Inestimável
Nossa concepção de tempo muito tem a ver com o estado de ansiedade que nos encontramos. Assim, uma hora pode parecer uma eternidade e alguns momentos de felicidade podem se evacuar como se o relógio se apressasse dez vezes mais.
Quem quer parar o tempo o vê passar entre os dedos como a mais fina areia e quem quer ver correr o hoje para chegar logo o amanhã precisa acalmar o coração.
Há coisas que não controlamos e quaisquer que forem nossas ansiedades, cada minuto pega o devido tempo para ser percorrido. O fruto colhido no devido tempo e estação é muito mais saboroso.
Quando esperamos, sempre esperamos demais no nosso ver. Quando pedimos, já queríamos que fosse para ontem e nos esquecemos que existe uma ordem natural para todas as coisas.
As bênçãos de Deus não tardam... elas chegam na hora exata que devem chegar e o que nos causa sofrimento e agonia é a pressa de querer ver resultados.
Se nos entregamos inteiramente aos cuidados de Deus, sabemos que as promessas que recebemos serão cumpridas no tempo previsto, não por nós, mas por Aquele que conhece o mais profundo do nosso âmado e a mais pequenina das nossas necessidades.
Descansar nas promessas Divinas faz do nosso dia-a-dia melhor, nos torna serenos e exemplo para aqueles que não conseguem controlar a ansiedade. A fé nos sustenta, alimenta nosso espírito e nos faz agradáveis aos olhos de Deus.
Esperar por uma promessa pode ser a maior de todas as provações, mas bendito é aquele que espera, não baixa a cabeça, olha para a frente e confia.

 Esse comerá do fruto da vitória, pois cada estação nos oferece o que ela tem de melhor e a paciência é uma virtude inestimável.

Letícia Thompson

Eliecy Costa

Oportunidades

Oportunidades
Você já pensou no que significam as oportunidades em sua vida?

Ao contrário do que muitos imaginam, as oportunidades nem sempre nos chegam da maneira que desejamos, mas sempre nos são oferecidas de acordo com nossas necessidades.

A oportunidade de quitar um débito, por exemplo, não deixa de ser uma grande chance, que nem sempre sabemos aproveitar.

Isso aconteceu com uma mulher, de aproximadamente 30 anos, quando descobriu que estava grávida e que o corpinho do seu bebê era malformado.

Ela, desprezando a grande oportunidade que Deus lhe concedia, disse ao médico que tentava convencê-la a deixar nascer a criança: "farei aborto de qualquer forma, pois jamais deixaria nascer um monstrinho como meu filho. Se Deus o mandou para a terra, eu vou devolvê-lo para o Céu."

Desconhecendo ou ignorando a misericordiosa lei da reencarnação, aquela mulher negou o ventre a um espírito que lhe suplicava uma oportunidade de voltar ao corpo físico, embora deformado, em busca da redenção particular que o credenciaria a melhores dias. Fechando as portas ao espírito, negou-se a si mesma a chance de acolher e amparar um afeto de outrora que despencou nas valas do desequilíbrio com sua participação e cumplicidade.

Certamente, uma grande oportunidade perdida...

Uma excelente chance de resgatar um débito contraído perante as leis divinas, atirada pela janela da insubmissão, sem a menor reflexão.

Se aquela mulher tivesse se lembrado de apenas um dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, não teria cometido tal crime. Bastava recordar-se de que a cada um será dado conforme as suas obras, e teria agradecido a Deus a oportunidade bendita.

Logicamente outras oportunidades surgirão, mesmo que através da mensageira que mais se tem feito ouvir pelas ovelhas rebeldes: a dor.

Mas nem todas as pessoas agem de forma tão inconseqüente.

Uma jovem mulher, de vinte e dois anos de idade, recebeu a mesma notícia que a outra, e sua atitude foi completamente diferente, diante do obstetra que lhe mostrou os exames do feto com malformação.

Disse ela: "eu nem sonho em pensar no aborto. Quero agradecer a Deus a confiança depositada em mim, enviando-me um filho tão fraquinho. Vou fazer de tudo para cuidar bem dele."

Sem dúvida, uma oportunidade muito bem entendida e aproveitada.

Resta-nos a pergunta:

Quantas oportunidades de redenção não temos levado a conta de castigo divino, e jogado pela janela?

Infelizmente, a resposta para esse questionamento, quase sempre nos chega tarde demais.

Você sabia?

Você sabia que as deficiências do corpo físico geralmente são provocadas pelo próprio espírito nele encarnado?

Um fumante, por exemplo, que fez uso do cigarro durante muitos anos, pode lesar seus pulmões a tal ponto que, na próxima reencarnação, tenha, desde cedo, problemas sérios.

Ou, então, um alcoólatra inveterado poderá renascer num novo corpo trazendo consigo os velhos problemas de fígado, conquistados na existência anterior, e assim por diante.

Por essa razão, uma existência num corpo enfermo ou deficiente é uma excelente oportunidade de reparação perante as leis que regem a vida, se bem aproveitada.

E, por essa razão também, não temos o direito de negar uma nova chance ao espírito necessitado de reajustamento, praticando o abortamento do seu corpo em formação.

Ademais, lembremo-nos sempre de que Jesus, o Sábio dos Sábios, alertou que é preferível entrar na vida sem alguns membros, do que cair novamente por causa deles.
Momento Espírita

Eliecy Costa

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Aparências

                                                                         Aparências
O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.

Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.

Conforme o local, as exigências mudam.

Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.

Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.

Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.

Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.

É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.

Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.

Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.

Tudo o que é material é sempre efêmero.

Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.

A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.

É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.

A título de princípio, vale a disciplina do exterior.

Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.

Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.

Cedo ou tarde, as aparências cessarão.

Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.

Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.

A essência da criatura reside em sua realidade íntima.

Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.

Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.

Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.

Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.

Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.

Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.

Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.

Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.

Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.

Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.

Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.

Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.

Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.

Eliecy Costa

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

As Mudanças




As Mudanças

Quantas vezes você já afirmou que está insatisfeito com a sua vida?
Que está cansado da rotina?
Pois então, eis uma boa chance para mudar o rumo da sua vida.

Comece devagar, porque a direção é mais importante do que a velocidade.
Comece sentando-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho. Ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outro ônibus. Mude, por uns tempos, o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. E até ouse andar descalço, em algumas oportunidades.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, para ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o Mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda, se sempre o faz com a direita.
Assista a outros programas de TV. Compre outros jornais. Leia outros livros.
Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova, por dia, numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos. Escolha comidas diferentes. Novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado. O novo método. O novo sabor. O novo jeito.
Conquiste novos amigos. Faça novas relações em seu campo profissional.
Almoce em outros locais. Vá a outros restaurantes. Compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo. Jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado. Outra marca de sabonete. Outro creme dental. Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Troque de bolsa, de carteira, de malas. Troque de carro. Escreva outras poesias. Visite novos museus.
Mude. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
Mas, em tudo isto, não se esqueça de amar e amar muito. Amar as pessoas, o seu trabalho, a sua vida.
Esta vida que é única, já que não se repetirá jamais, tanto quanto ninguém a tem na forma e do jeito que você a tem.
* * *
Deus não Se repete. Por isso, as criaturas todas são únicas e cada dia é totalmente diferente do anterior.
O sol nasce todos os dias e as fontes jorram sem cessar. Entretanto, o sol alcança você de forma diversa, a cada dia e as águas que rolam não são as mesmas.
A chuva desaba mas nunca igual, porque o faz em horas diferentes, em horários diversos, ora pela manhã, pela tarde, à noite.
Um dia venta.
O outro não há vento.
Pense nisso. A natureza leciona, todos os dias, a mudança incessante que a torna tão exuberante, especial, maravilhosa.
Aprenda com ela.

Momento Espirita
Eliecy Costa

Um Especial Tesouro


Um Especial Tesouro
Na Epístola aos Efésios, capítulo 5, versículos 14 a 17, Paulo de Tarso conclamava os homens no seguinte sentido:

"Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará.
Andai prudentemente, não como néscios e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.
Não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor."
Paulo indicava o ideal cristão como sendo a sublime meta a ser alcançada pelo homem.
Ao dizer que "os dias são maus", reportava-se aos problemas, às dificuldades cotidianas que, ontem como hoje, marcam nossas existências.
Diversas são as dores que afligem nossos dias.
Provas e expiações são características constantes do mundo em que vivemos.
Por isso, devemos conduzir nossos passos com cautela, não como tolos que não sabem o que fazem.
Devemos cultivar a reflexão, resgatando o tempo perdido nas veredas dos erros.

O tempo é um tesouro de valor inestimável concedido a todos, por Deus, de forma indistinta. os minutos, os dias, os séculos têm a mesma duração para todos os seres.
Mas como utilizamos esse tempo?
Afinal, o modo como nos valemos dele é que faz a diferença, o resultado.
Usamos nosso tempo ou apenas o desperdiçamos?
"Matamos" o tempo, valemo-nos de meros "passatempos", ou o investimos como uma moeda valiosa capaz de nos trazer grandes lucros?
Onde estivermos, poderemos adquirir valiosos patrimônios de experiência e de conhecimento, de virtude e de sabedoria.
Para tanto, não podemos permitir que os minutos se escoem improdutivamente.
Muitas pessoas passam a vida como se estivessem mergulhados em um sonambulismo, embalados no sonho da ilusão.
Deixam que séculos decorram, semeando apenas inconseqüências e vícios, comprometendo o futuro com a colheita inevitável de sofrimentos.
É imperioso, portanto, que aproveitemos as horas.
Podemos começar tentando corrigir nossas próprias imperfeições.
Os vícios, por exemplo, não representam apenas perda, mas também comprometimento futuro do tempo.
Quantos minutos perde o fumante, por ano, no ritual das baforadas de nicotina?
Quantas horas precisa trabalhar para alimentar seu vício?
Quantos dias abreviará de sua existência em virtude das moléstias que decorrem do uso do cigarro?
Quantos anos sofrerá, mesmo depois da própria morte, para reequilibrar o próprio Espírito?
E o maledicente?
Quantos minutos perde diariamente divagando sobre o comportamento alheio?
E quantas existências gastará depois, às voltas com males que sedimentará em si mesmo?
Tantas são as opções para quem pretende aperfeiçoar o próprio espírito!
Tantas são as oportunidades diárias que surgem para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir!
Disciplinar palavras e emoções.
Ensaiar atitudes de humildade.
Treinar a paciência.
Conter a língua ferina.
Eis aí algumas sugestões iniciais para quem se disponha a aplicar valiosamente seu tempo em seu real benefício.
Afinal, Deus nos oferece a bênção do tempo para as experiências humanas, mas, cedo ou tarde, deveremos prestar contas à Divindade, da forma como utilizamos esse precioso presente.

Pensemos nisso, desde agora.
Momento Espírita
Eliecy Costa

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A busca do amor


A busca do amor

Em plena juventude, como fruto verde que aguarda a primavera, esperei intensamente pelo amor.
Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.
E porque ele tardasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.
Andei por caminhos inúmeros e estradas solitárias. Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe. Corria e o que conseguia ver era somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.
Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos. Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar; casais trocando juras; crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.
Em todos estava o amor. Somente eu prosseguia solitário e triste.
Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.
De longe, pude sentir o perfume dos lírios. Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.
Você voltou! – Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.
Seja bem vindo! – Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.
É bom tê-lo de volta. – Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.
Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis. As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.
Uma emoção me invadiu a alma. Abri as portas e janelas do meu ser. Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, o amor passa por minha porta.
Apressadamente, coloco flores de laranjeira na casa do meu coração. Atapeto o chão para que ele entre, iluminando a escuridão da minha soledade.
Tremo de ternura. Já não sofro desejo, nem aflição.
Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.
Há tanta beleza no amor que me emociono.
Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.
Em razão disso, agora que descubro de verdade o que é o amor, não o retenho. Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada. Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.
Aprendi a amar.
*   *   *
Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.
Feliz o que leu e entendeu o cântico do pobre de Assis: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é melhor amar que ser amado.
Por ser de essência Divina, o amor supre na criatura todas as suas necessidades e a torna feliz, mesmo em meio às dificuldades, lutas e tristezas.
Momento Espírita
Eliecy Costa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Laços de afeto


Laços de afeto

Do poeta e escritor gaúcho Mário Quintana, encontramos uma preciosidade que fala sobre algo muito simples: um laço.
Escreveu ele: Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita... Dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah, então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
*   *   *
Tem toda razão o poeta em sua analogia. Amor e amizade são sentimentos altruístas.
Quem ama somente deseja o bem do ser amado. Por isso, não interfere em suas escolhas, em seus desejos.
Sugere, opina, mas deixa livre o outro para a tomada das próprias decisões.
Quem ama auxilia o amado a atingir seus objetivos. Nunca cobra o ofertado, nem exige nada em troca.
Quem ama não aprisiona o amado, não o algema ao seu lado. Ama e deixa o amado livre para estender suas asas.
Assim crescem os dois, pois há espaços para ambos conquistarem.
Na amizade, não se faz diferente o panorama. O verdadeiro amigo não deseja que o outro pense como ele próprio pois reconhece que os pensamentos são criações originais de cada um.
Entende que o amigo é uma bênção que lhe cabe cultivar e o auxilia a realizar a sua felicidade sem cogitar da sua própria.
Sente-se feliz com o bem daquele a quem devota amizade. Entende que cada criatura humana é um ser inteligente em transformação e que, por vezes, poderão ocorrer mudanças na forma de pensar, de agir do outro.
Mudanças que nem sempre estarão na mesma direção das suas próprias escolhas.
O amigo enxerga defeitos no coração do outro, mas sabe amá-lo e entendê-lo mesmo assim.
E, se ventos diversos se apresentam, criando distâncias entre ambos, jamais buscará desacreditar ou desmoralizar aquele amigo.
Tudo isso, porque a ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.
Um laço que ata... Um laço que se desata..
Aqueles a quem oferecemos o coração, poderão se distanciar, buscar outros caminhos, atravessar outras fronteiras.
Eles têm o direito de assim proceder, se o desejarem. De nossa parte, lembremos da leveza do laço e cuidemos para que não se transforme em nó, que prende e retém.
Momento Espírita,
Eliecy Costa

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Caridade


Você sabe definir com exatidão o que é a palavra caridade?
Para muitos, ela significa a ajuda material a quem necessita. Sem dúvida este é o modo de aliviar, mesmo que temporariamente, a fome, a sede, as necessidades básicas de inúmeras criaturas.
Muitos de nós talvez tenhamos despertado para a caridade através da ajuda material, frequentemente doando o que nos é supérfluo. Mas ela não se restringe a isto.
Um dos mais conhecidos dicionários da língua portuguesa define caridade como o amor que move nossa vontade na busca do bem do outro.
Inúmeras obras da Doutrina Espírita nos falam da necessidade de se doar, de coração, a outras pessoas. E essa doação se faz em vários níveis. Há, inclusive uma frase que nos diz: Fora da caridade não há salvação.
Lembremos da parábola do samaritano, que Jesus contou em resposta ao doutor da lei que lhe perguntou quem era o seu próximo.
Um homem fora vítima de assaltantes em uma estrada, e ficara muito ferido, sem sentidos e abandonado. Dois viajantes o viram, mas nada fizeram.
Passava, então, pela estrada, um habitante da região da Samaria, que, por tal razão, era desprezado pelo povo judeu, do qual o homem ferido fazia parte.
O samaritano, ao se deparar com o ferido, interrompeu sua viagem e o atendeu, movido por profunda compaixão. Limpou suas feridas, lhe fez curativos e, colocando-o no lombo de seu animal, o levou a uma hospedaria.
Ali, tratou de cuidar do desconhecido por uma noite. Na manhã seguinte, tendo de seguir viagem, pagou adiantado ao dono da hospedaria para que esse mantivesse o ferido até que se recuperasse.
Fez ainda mais: prometeu que, se houvessem gastos além do que adiantara, ele pagaria quando retornasse ao local. E seguiu viagem.
Ora, esse homem não doou apenas seu dinheiro. Doou seu tempo, atenção, amor. Sabia que não poderia deixar a ajuda para a volta da viagem, ou seria tarde. Não sabia sequer o nome do homem a quem ajudara. Apenas sabia ser seu irmão.
É esta a verdadeira caridade da qual nos fala Jesus. É a forma de autodoação, de anulação do egoísmo, de libertação do próprio ego.
A parábola nos fala da ajuda a um desconhecido, em uma situação extrema. Mas, a mensagem que ela nos traz é muito ampla.
Muitas vezes as pessoas que precisam de nossa caridade estão muito próximas de nós, por vezes em nosso próprio convívio familiar.
O filho com problemas de aprendizado e que precisa tanto de toda a nossa atenção; o irmão que não segue o caminho do bem e que anseia por nosso amparo e perdão para retornar ao seio da família.
O pai com dificuldades materiais que necessita de nosso auxílio neste momento difícil, a mãe adoentada que espera por nossos cuidados, e tantos outros que aguardam por um carinho, por uma palavra de compreensão.
*   *   *
Doar-se verdadeiramente sem querer nada em troca, exercitar o amor fraternal, esta sim é a lição mais pura e mais profunda do amor de Jesus.
A parábola do samaritano é um maravilhoso chamamento à prática da caridade, e, depois de entendida passa a nos soar como a voz de Jesus que disse àquele doutor da lei: Vai e faze tu o mesmo.
 Momento Espírita
Eliecy e J. luis