fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Aflições




No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.

Ninguém gosta de sofrer.

No entanto, Jesus cristo nos disse: “no mundo só tereis aflições.”

São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.

Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.

Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.

São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.

O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.

Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.

Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.

Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.

Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.

Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço aplicado no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.

E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?

Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço,testes.

Reveses. Inquietudes. Aflições.

Em tudo há sofrimento pois em tudo existe a necessidade do esforço material, de conformidade com o nível evolutivo do mundo em que vivemos.

No mundo só teremos aflições!

São os sofrimentos desse mundo, os empeços materiais que se apresentam.

Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.

Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.

Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.

Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.

Quando desejamos que as coisas não passem, não mudem ou não terminem, sofremos novamente.

Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.

Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.

Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.

Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.

E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.


Todos desejamos ser feliz. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, todos desejamos evitar os sofrimentos.

Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para felicidade em coisas pequenas.

Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.

Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.

Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.




Belas e coloridas flores




Imagine-se observando um lindo jardim com belas e coloridas flores, árvores frondosas
e um bonito lago, borboletas de diversas cores tonalizando o ambiente.
Imagine-se observando tudo isso com óculos de lentes cinza. Isso mesmo: cinza.
Você estaria vendo tudo cinzento, não haveria diversidade de cores nem beleza.


Tudo pareceria muito triste e sem vida.
Nada contra o cinza,
mas é uma forma de mostrar como nosso humor intervém na maneira de vermos a vida.
Tire essa lente de mau humor que as vezes nos impede de ver a vida como realmente ela é.
“Viva sorrindo que a tristeza não encontrará espaço na sua vida.”


Amor que não acaba




Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo dura o amor?

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.

Os versos diziam mais ou menos assim:

Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora. Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.


Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ler e Edificar-se



Para saber separar  o joio do trigo.

Inúmeras criaturas que se dizem trabalhadoras de casas Espíritas de que se aproximam dos frequentadores não passam de desequilibrados faladores e querem somente adornar seus altares sem minímo conhecimento da Doutrina. É essencial prudência e vigilância, para que não transformemos a mente em vaso de entulhos e ruínas.
Para aqueles que frequentam casas Espíritas,utilizar com sabedoria do silêncio ou da palavra, diferenciar com segurança a sombra da luz e separar com sensatez o joio do trigo.
Eliecy Costa

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dor e Coragem





 Na Terra todos temos inimigos.
Todos, sem exceção. Até Jesus os teve.
Mas isso não é importante.
Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente.

Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos.

 Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo.

É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições.

Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio.
Filhos da alma, filhos do coração!

O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos d'Ele.

Não permitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo.
Todos somos frágeis.
 Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor.
Mantenhamo-nos vinculados a Jesus.

 Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão.

...E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude.

Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor.

Nunca revidar mal por mal.
A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal.
O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão.

Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é resultado das dores íntimas.

Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus.

 Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade.

Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus.

Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade.

Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo,

Bezerra.


Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011.


 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Você Tem‏



Você Tem Quando alguém o busca com frio, é porque você tem o cobertor.
Se a tristeza empurra alguém para perto de você, é porque você tem o sorriso.
Se alguém chega com lágrimas, é porque você tem o lenço.
 Se a dor impulsiona alguém em sua direção, é porque você tem o curativo.
Quando alguém se acerca com fome, é porque você tem o alimento.
E se o desânimo lhe aproxima um ser, é porque você tem o estímulo necessário.
Quando alguém chega em desespero, é porque você tem a serenidade.
Se alguém foge do tumulto e lhe busca a presença, é porque você tem a tranquilidade.
Quando alguém o procura com medo, é porque você tem a segurança.
 Quando vem ao seu encontro um coração aflito, é porque você tem a calma.
 E se alguém o busca com palavras, é porque você tem a capacidade de ouvir.
 Quando lhe chega uma alma em conflitos, é porque você tem a temperança.
Se alguém se aproxima com ódio, é porque você tem o amor.
Se alguém lhe confidencia segredos, é porque você possui a discrição.
 Se a mágoa lhe traz alguém, é porque você tem o perdão.
Se lhe apresentam a fantasia, é porque você tem a realidade.
 Quando lhe trazem versos, é porque você tem a melodia.
Quando lhe estendem as mãos sangrando, é porque você tem o remédio.
Quando alguém lhe chega com a indecisão, é porque você conhece o rumo certo.
 Quando alguém lhe chega com carências, é porque você tem a ternura.
E se alguém o busca com dúvidas, é porque você tem a fé.
 Quando alguém se aproxima com passos vacilantes, é porque você tem a firmeza.
Se alguém se apresenta com a vontade paralisada, é porque você tem o dinamismo.
 Quando alguém chega com a mente confusa, é porque você tem a lucidez.
 E se alguém se aproxima com os braços abertos, é porque você tem o abraço.
 E, por fim, quando alguém lhe apresenta um frasco vazio, é porque você tem o perfume.
 Por todas essas razões, nunca deixe alguém que o busca partir sem uma resposta, pois ninguém chega até você por acaso.
Ainda que você pense que nada possui para oferecer, isso não é verdade.
Se alguém lhe apresenta uma necessidade qualquer, mesmo que velada, é porque você tem algo para oferecer.
 Pense nisso! /

Nos Domínios da Paciência




Emmanuel

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.”

JESUS - MATEUS, 5: 16.



“Sede pacientes A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.” Cap. 9: 7.



Em muitos episódios constrangedores, admitimos que paciência é cruzar os braços e gemer passivamente em preguiçosa lamentação.

Noutros lances da luta com que somos defrontados por manifestações de má fé, a raiarem por dilapidações morais inomináveis, supomos que paciência é tudo deixar como está para ver como fica.

Isso, porém, constará das lições da vida ou da natureza? Células orgânicas, quando ocorrem acidentes ao veiculo físico, estabelecem processos de defesa, trabalhando mecanicamente na preservação da saúde corpórea, enquanto isso lhes é possível.

Vegetais humildes devastados no tronco, não renunciam à capacidade de resistência e, enquanto dispõem das possibilidades necessárias, regeneram os próprios tecidos, preenchendo as finalidades a que se destinam.

Paciência não é conformismo; é reconhecimento da dificuldade existente, com a disposição de afastá-la sem atitude extremista.

Nem deserção da esfera de luta e nem choro improfícuo na hora do sofrimento.

Sejam como sejam os entraves e as provações, a paciência descobre o sistema de removê-los.

Em assim, nos externando não nos referimos à complacência culposa que deita um sorriso blandicioso para a leviandade fingindo ignorá-la.

Reportamos nos à compreensão que identifica a situação infeliz e articula meios de solucionar-lhe os problemas sem alardear superioridade.

Paciência, no fundo, é resignação quando as injúrias sejam desferidas contra nós em particular, mas sempre que os ataques sejam dirigidos contra os; interesses do bem de todos, paciência e perseverança tranqüila no esclarecimento geral, conquanto semelhante atitude, às vezes, nos custe sacrifícios imensos.

Jesus foi a paciência sem lindes, no entanto, embora suportasse, sereno todos os golpes que lhe foram endereçados, pessoalmente preferiu aceitar a morte na cruz a ter de aplaudir o erro ou acumpliciar-se com o mal.



Extraído do livro "O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER



Gesto inusitado



O dia estava nublado. Várias pessoas aguardavam o ônibus na estação tubo, resguardando-se do vento frio, que soprava forte.

Os olhares de todos se revezavam entre o relógio de pulso e a rua à esquerda, de onde deveria vir a condução.

De repente, a porta central se abriu e os olhares ali se concentraram, não entendendo o porquê, desde que nenhum ônibus estava à vista.

Então, viram que o cobrador saiu de seu posto, saltou para a rua e se dirigiu alguns metros adiante, à direita.

Um rapaz aguardava na calçada. O cobrador lhe ofereceu o braço e juntos atravessaram a rua. O rapaz era cego.

Os passageiros que aguardavam o ônibus se entreolharam, admirados. O gesto fora inusitado, considerando-se ainda que ninguém se apercebera da dificuldade do deficiente visual.

Contudo, o cobrador estava atento e, deixando seu posto, foi prestar solidariedade ao seu irmão, deixando-o, tranquilo, do outro lado da rua.

Houve cumprimentos de alguns para ele. Houve quem fosse além e lhe desejasse bênçãos celestes.

Ele corou e disse: Nada fiz demais. Eu vi que ele estava inseguro para atravessar e resolvi ajudar.


O cobrador era um jovem. Para aqueles que costumam dizer que o mundo está perdido, que ninguém se importa com ninguém; que a juventude vive alheia ao seu entorno, o gesto inusitado prova o contrário.

Poder-se-á dizer, quem sabe, que é um em um milhão. Pelo contrário, para quem tem olhos de ver, esses exemplos se multiplicam às dezenas.

O que ocorre é que, normalmente, da mesma forma que os passageiros, temos os olhos postos somente em uma direção, não nos permitindo alargar a visão, buscando outras paisagens.

O bem está no mundo e se apresenta, diariamente, em gestos anônimos e desinteressados como o da pessoa que vê cair a carteira da bolsa de alguém, a apanha e corre até alcançá-la, a fim de a devolver.

Ou de quem percebe que o cadeirante está com dificuldades para subir à calçada e se oferece para auxiliar;

Da vizinha que se predispõe a cuidar das crianças, enquanto os pais necessitam atender a uma emergência; da atendente hospitalar que, extrapolando seu horário de trabalho, fica com o paciente até que chegue seu familiar, para que ele não se sinta só ou entre em pânico; da mãe que leva pela mão seu filho a saborear um sorvete e, observando que outra criança o fixa com olhos de desejo, a essa oferece idêntica gostosura; de alguém que encontra um cão pela rua e, percebendo ser bem cuidado, cogita que deva pertencer a quem muito o quer e se esmera em descobrir seu dono. Pensa que possa ser de uma pessoa solitária, cuja companhia única lhe seja o animal.





Ou, quem sabe, de uma criança que lhe chora a ausência, intranquila e medrosa.

Sim, há muito bem no mundo. Há quem divida o próprio coração para amar os filhos da carne alheia.

E adicione água ao feijão a fim de servir um prato a mais a quem tem fome. E subtraia pequenos desejos pessoais, a fim de atender a verdadeiras necessidades de terceiros, tudo numa bendita e especial matemática.

Uma especial matemática cujo resultado é amor, harmonia, bem-querer, um mundo melhor.








 

Deus Te Vê




Deus te vê, alma querida,
 Quando te pões na trilha escura,
 Para ajudar aos filhos da amargura
 Que tanta vez se vão
 Como sombras errantes no caminho
— Chagas pensantes ao relento —,
Entre as nuvens do Pó e as pancadas do Vento,
 Com saudades do Pão...

 Deus te vê a mensagem de bondade
 Com que suprimes ou reduzes
 As provações, as lágrimas e as cruzes
 Dos que vagam na rua sem ninguém,
 E te agradece as posses que desprendes,
 No auxílio ao companheiro em desamparo,
 Seja um tesouro inesperado e raro,
 Seja um simples vintém!...

 Deus te vê quando estendes braço amigo
 Aos que carregam lenhos de tristeza,
 Doando-lhes o afeto, o abrigo, a mesa,
 O remédio, a camisa, o cobertor...
 E, por altos recursos sem que o saibas,
 Manda que a Lei te aumente os dons divinos,
 Em mais belos destinos,
 Para a glória do amor.

 Deus te vê na palavra com que ensinas
 A senda clara e boa
 Da verdade que alenta e que abençoa
 Sem perturbar e sem ferir...
 E determina aos homens que teu verbo
 Seja apoiado, aceito
 E ouvido com respeito,
 Na construção excelsa do porvir.

 Deus te vê quando acolhes sem revide
 O golpe da pedrada que te insulta,
 O braseiro da ofensa, a dor oculta
 Em ferida mortal...
 E te louva o perdão espontâneo e sincero
 Com que ajudas o Céu no trabalho fecundo
 De extinguir sem alarde, entre as sombras do mundo,
 A presença do mal!...

 Deus te vê, através da caridade!...
 Mas não só isso... Em paz calada e santa,
 Pede alguém que te siga e te garanta
 Na jornada de luz!...
 E, por isso, onde estás, rujam trevas em torno,
 Sofras humilhação, injúria, cativeiro,
 Tens contigo um sublime companheiro:
— Nosso Amado Jesus!...
 Maria Dolores - Do livro: Antologia da Espiritualidade, Médium: Francisco Cândido Xavier


 

Amigos Verdadeiros





Narra uma crônica que um homem andava por uma estrada, acompanhado de seus fiéis animais: um cavalo e um cão.

Pelo caminho, um raio os atingiu e os três foram fulminados.

O homem não se deu conta que morrera e continuou andando, com seu cavalo e seu cão.

Longa era a caminhada, morro acima. O sol estava muito forte e a sede passou a castigá-los.

Numa curva do caminho, o homem avistou um portão magnífico, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro.

Cumprimentando o guardião da entrada, o homem perguntou que lugar era aquele. Descobriu que ali era o Céu.

Feliz em saber que estava em um local tão agradável, indagou se poderia saciar a sua sede e a dos seus amigos, nas águas cristalinas da fonte que havia bem no centro da praça.

O senhor pode entrar e beber à vontade. – disse o guarda. Mas aqui não se permite a entrada de animais.

O caminhante ficou muito desapontado. Grande era a sua sede, mas decidiu que não beberia sozinho.

Preferiu continuar sua caminhada. Exausto, mais adiante, deparou-se com uma porteira que se abria para uma estrada de terra, ladeada de árvores.

À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu. Parecia dormir.

Estamos com muita sede, meu cavalo, meu cachorro e eu – disse o caminhante.

Indicando uma fonte, entre algumas pedras, foi-lhe dito que poderia beber à vontade.

O caminhante, o cavalo e o cachorro foram até à fonte e mataram a sede. Em seguida, ele retornou para agradecer.

E resolveu indagar: A propósito, como se chama este lugar?

Aqui é o Céu – foi a resposta.

Céu? – exclamou o caminhante, surpreso. Mas já passei pelo Céu. Era um lugar muito bonito com um grande portão de mármore.

Aquilo não é o Céu, esclareceu o outro. Aquilo é o Inferno.

O caminhante ficou perplexo.

Mas, vocês deviam tomar uma providência. Com a informação errada, que lá, naquele lugar, é dada, pode ocasionar muita confusão. Muitas pessoas podem ser enganadas.

O homem sorriu e calmo, explicou:

Na verdade, eles nos fazem um grande favor, porque lá ficam todos aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos.

Fácil é a conquista e manutenção de amigos, quando a juventude compõe versos e a riqueza sorri.

Contudo, é na forja da adversidade e das graves problemáticas, que os verdadeiros amigos se revelam.

São esses que permanecem ao nosso lado, mesmo quando o mundo inteiro nos volta as costas.

São eles que prosseguem conosco, mesmo que nos vistamos com os andrajos da pobreza e o infortúnio nos abrace.

Pensemos nisso.




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Força do bem



Os equívocos são bastante comuns nos caminhos humanos.

Mesmo pessoas bem intencionadas por vezes se equivocam.

No ardor de discussões, muitas palavras são ditas sem a necessária reflexão.

O que parece correto em um contexto, mais tarde se afigura terrivelmente errado.

A maturidade fornece novos contornos ao que antes parecia simples.

O problema reside no que fazer após surgir a consciência do equívoco.

Depois que o mal foi feito, a palavra estranha foi dita, o amigo foi ferido.

Nessa situação, o orgulho é mau conselheiro.

Ele faz com que o homem, embora ciente de seu erro, não se disponha a assumi-lo.

Então, ele vive uma situação doentia e artificial.

Em seu íntimo, sabe-se em falta.

Contudo, procura afetar uma tranquilidade externa de todo falsa.

Ou até admite que errou, mas nada procura fazer a respeito.

Por vezes, adota algumas fórmulas para tentar se redimir, mas sem enfrentar realmente o problema.

Confessa-se pecador, penitencia-se, priva-se de alguns pequenos prazeres, pune-se das mais diversas formas.

Entretanto, a Espiritualidade Superior ensina que apenas por meio do bem se repara o mal.

Também alerta que essa reparação, para ser efetiva, precisa atingir o orgulho do homem e os seus interesses.

Tal significa que de pouco adianta orar pedindo perdão pelo erro cometido contra o semelhante, mas não o admitir para o próprio ofendido.

Jesus bem o disse:

Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.

Também recomendou que, antes de fazer uma oferta no altar, o homem deve se acertar primeiro com o seu irmão.

Quem erra o faz em relação à ordem cósmica, instituída por Deus para a harmônica evolução dos seres.

Contudo, o ofendido, em certa medida, representa a Lei Divina em face do ofensor.

Se é possível o acerto direto, ele deve ser efetuado.

Caso contrário, não faltaria quem decidisse comprar o Reino dos Céus com cestas básicas.

Prejudicaria os desafetos e buscaria se redimir mediante pequenos serviços para desconhecidos.

Só o bem apaga o mal.

Ou seja, é preciso haver progresso no íntimo da criatura, a revelar-se mediante uma conduta renovada.

Não é necessário sofrer longamente, desenvolver neuroses e enfermidades as mais variadas.

Mas é preciso enfrentar as consequências do que se fez.

Domar o próprio orgulho, admitir a falta e reparar o equívoco diretamente com o ofendido.

Caso esse fique irredutível e não queira a reconciliação, nem por isso a reabilitação se inviabiliza.

Nesse caso, ela se processa mediante gestos de genuíno amor em relação a terceiros.

O importante é que o mal se apague pela pujança do bem.

Não só pela reparação exterior, mas pelo progresso revelado na disposição firme de não mais errar.


 

Deus e a Felicidade






Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou.

Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aquele outro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais. Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.

A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder das gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório.

Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: “o reino dos céus está dentro de vós.”

Por isso, se faz viável a felicidade na terra. Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem. Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba. Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.

Se tem um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe viver plenamente cada momento de sua vida e que a verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Que significa a vida?



Certa feita, um jovem aprendiz, sedento das coisas da vida e de seus mistérios, dirigiu-se ao velho sábio da aldeia, interpelando-o:

Mestre, o que significa a vida?

A pergunta, aparentemente simples, fez com que o ancião refletisse profundamente em torno das longas décadas que caminhara pela existência.

A vida, meu filho, é apenas uma escola – Respondeu, calando-se em seguida.

Pela resposta inusitada e breve, o jovem esperou algo mais e, como o silêncio se fizesse longo, não resistiu e tornou a questionar:

Mestre, como pode a vida ser uma escola, se tantos morrem analfabetos, se outros não têm oportunidade de frequentar uma sala de aula e muitos nem sequer entendem a importância do estudo?

No entanto, redarguiu o velho mestre, não há quem passe pela vida sem ter a oportunidade de valiosas lições.

É verdade que muitos se veem analfabetos ao longo da existência ou pouca oportunidade de estudo se lhes apresenta.

Porém, as lições da vida não são somente para o cérebro. Muitas delas e, talvez, as mais importantes, são para o coração.

Quando conseguimos calar perante a ignorância alheia é a lição da humildade e paciência que a vida nos oferece.

Quando nos tornamos solidários, temos compaixão, auxiliando alguém em dificuldade, é a lição do amor fraterno que a vida nos oportuniza.

E quando as dores da alma nos chegam, como a rasgar nossas entranhas, parecendo nos dilacerar e aguardamos e esperamos, é a lição da fé e resignação que a vida nos apresenta.

Assim meu filho, ninguém pode passar pela existência alegando que não teve oportunidades excelentes de aprendizado.

O que pode ocorrer é que muitos de nós somos alunos ainda muito indisciplinados e rebeldes para essa escola abençoada.

Mergulhados nas ilusões de que o mundo é apenas um parque de diversões, no qual se deve usufruir de todos os prazeres fugidios que ele nos ofereça, poucos nos damos conta das importantes lições da vida.

Devemos encarar cada dia que se inicia como nova oportunidade de aprender coisas para a mente, mas também para o coração.

Afinal, dia virá em que seremos convidados a nos apartar do corpo que nos serve, nesta existência, e seguiremos apenas com aquilo que conseguirmos carregar, na mente e no coração.

Por isso podemos dizer que o hoje é a oportunidade para a construção de dias futuros felizes, ou um amanhã de tristezas, quando aportarmos do outro lado da vida.

Tudo dependerá do aproveitamento das lições. E do que guardarmos em nossa intimidade.

Assim, meu filho, podemos dizer que o céu ou o inferno, a felicidade ou a desdita depois desta vida estão somente em nossas mãos, em bem ou mal aproveitarmos as lições desta escola.

Finalizando sua explicação, o velho ancião afastou-se, dando oportunidade para o jovem ficar a sós, repassando na mente as profundas reflexões do mestre sábio.


 

Quando......


Quando você perceber que o mau humor está batendo à sua porta, pare e reflita.

Respire fundo. Se possível, pare tudo o que esteja fazendo, e se permita cinco minutos de silêncio, de descanso, de solidão.

Quando essa lente negativista quiser controlar seus atos e pensamentos, lembre-se das razões que tem para estar feliz!

Lembre-se de tudo que está dando certo em sua vida.

Entre em contato com a natureza. Leia uma mensagem otimista. Faça uma oração. Procure rir um pouco.

O segredo pode estar na mudança dos pensamentos, da rotina, da sintonia.

Quem cultiva o bom humor tem saúde abundante, tem amigos por perto e está sempre disposto a aprender.

Quem cultiva o bom humor já vive a felicidade, mesmo não tendo consciência disso.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como Um Raio de Sol



Assim como o sol dissipa a névoa da manhã, o ser humano deveria permitir que os raios do sol dissipassem a névoa do seu coração.

Então, ele poderia sentir o calor em sua alma, conseguindo viver em plenitude e amar.

Se o homem que caminha, sobrecarregado ao peso das dificuldades, resolvesse misturar o canto da sua alma ao canto dos pássaros, dissiparia a dor que lhe machuca a intimidade, da mesma forma que a neblina é espancada pelo astro rei, na manhã que surge.


Começe hoje mesmo



Meu amigo, se a dor lhe bate à porta, lembre-se dos benefícios de que é portador e não desfaleça. A Bondade Divina não articula pensamentos para o mal.

A ferida que dilacera ou o desgosto que perturba, temporariamente, costuma encerrar incalculáveis recursos de elevação.

Tenha paciência e não esmoreça no bem.

Se a desorientação lhe entrava os passos, use a prece. A oração realiza milagres.

Se possível, reúna aqueles que você ama, dentro da mesma vibração de confiança no culto do Pai Celestial.

Se está doente e desalentado, peça a bênção do Senhor para o copo de água fria que lhe atende à sede, porque da Fonte Divina fluem substâncias de paz e restauração para quantos lhe pedem socorro ao sublime poder.

Se você permanece em desespero, não permita que a sua desventura culmine em gestos de suprema revolta.

Espere mais tempo, antes de qualquer resolução inapelável e injusta.

Amanhã, o dia renascerá transformado.

As circunstâncias se modificam, de minuto a minuto, e os reveses de agora serão alegrias no porvir.

Teça, com serenidade, a sua auréola de ventura porvindoura, aproveitando os ensinamentos que a dor lhe trouxe ao coração.

Não tema as dificuldades e prossiga com Jesus para a frente.

Busque a presença do Divino Amigo, em seus pensamentos e, na própria luta, encontrará infinitos motivos de reconforto e beleza, bom ânimo e paz.

Inicie o abençoado serviço da oração, hoje mesmo, e amanhã, provavelmente, você começará a rejubilar-se na colheita de luz.

Por: Francisco Cândido Xavier


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Perdas



Provavelmente, conhecerás grandes perdas de amigos aos quais te empenhaste, de alma e coração; todavia, surpreenderás na própria fé a energia para reiniciar a construção de tua segurança, na certeza de que a cada um de nós a vida atribuirá isso ou aquilo, segundo as nossas próprias obras.
Perderás, talvez, afeições numerosas que te deixarão a sós, nos instantes difíceis, porém, saberás agir compreensivamente, buscando o bem, com o olvido de todo mal, e assim aprenderás a identificar os verdadeiros amigos, elegendo em teu favor uma seleção de companheiros capazes de amparar-te e de entender-te nos encargos que foste chamado a cumprir.

Reino Íntimo


Que a Terra ainda é um mundo de expiações e testes constantes, não há que duvidar. Dificuldades e obstáculos repontam de toda parte. Entretanto, em qualquer situação, ser-nos-á possível criar um mundo à parte, em que a paz ...nos ilumine em direção do futuro. Encontrarás, talvez, os que te golpeiam o coração, lesando-te o campo afetivo, qual se compromissos assumidos nada valessem, ante a dominação do prazer; contudo, podes assegurar a tranquilidade própria, com o esquecimento de semelhantes agressões, nas quais os agressores se fazem infelizes por eles mesmos. Terás pela frente, em muitas ocasiões, a perseguição e a injustiça; no entanto, saberás imunizar-te contra os males do ressentimento, desculpando as injúrias. Provavelmente, conhecerás grandes perdas de amigos aos quais te empenhaste, de alma e coração; todavia, surpreenderás na própria fé a energia para reiniciar a construção de tua segurança, na certeza de que a cada um de nós a vida atribuirá isso ou aquilo, segundo as nossas próprias obras. Perderás, talvez, afeições numerosas que te deixarão a sós, nos instantes difíceis, porém, saberás agir compreensivamente, buscando o bem, com o olvido de todo mal, e assim aprenderás a identificar os verdadeiros amigos, elegendo em teu favor uma seleção de companheiros capazes de amparar-te e de entender-te nos encargos que foste chamado a cumprir. O mundo é um palco imenso de provas e tribulações, funcionando à maneira de escola em que se nos apresentam vários tipos de educação e aprimoramento, mas nessa área imensa de lutas, podes perfeitamente criar, nos recessos da alma, a fé e a serenidade, a coragem e a fortaleza que podem garantir a paz e a segurança dentro de ti.
- Pelo Espírito Emmanuel - Xavier, Francisco Cândido - Do livro: ‘Inspiração’.   






 

Benefícios imediatos.


Entre o Aprendiz e o Orientador se estabeleceu o precioso... diálogo:
 -Instrutor, qual é a força que domina a vida?
 -Sem dúvida, o amor.
 -Esse poder tudo resolve de pronto?
 -Entre as criaturas humanas, de modo geral, ainda existem problemas, alusivos ao amor que demandam muito tempo a fim de que se atinja a solução no campo do entendimento.
 -E qual o recurso máximo que nos garante segurança entre as desarmonias do mundo?
 -A fé.
 -Pode a fé ser obtida, de momento para outro?
 -Não é assim. A confiança raciocinada reclama edificação vagarosa no curso dos dias.
 -A que fator nos cabe recorrer, para que nos conservem o ânimo e a alegria de servir entre conflitos da existência?
 -A paz.
 -E a paz surge espontânea?
 -Também não. Ninguém conhece a verdadeira paz sem trabalho e todo trabalho pede luta.
 -Então instrutor, não existe elemento algum no mundo que nos assegure benefícios imediatos? -Existe.
 -Onde está esse prodígio, se vejo atritos por toda parte, na Terra?
 -O Mentor fez expressivo gesto de compreensão e rematou:
 -Filho, a única força capaz de proporcionar-nos triunfos imediatos, em quaisquer setores da vida, é a força da paciência.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Pronto Socorro.



 

Relembrando quem fez história



Todos os dias o centro espírita é visitado por pessoas que não tem conhecimento da Doutrina Espírita. São prováveis freqüentadores e trabalhadores que chegam motivados pela divulgação doutrinária feita nos mais diferentes órgãos de comunicação. Portanto, pouco ou nada sabem sobre a história do Espiritismo e aqueles que envidaram esforços para que as lições dos imortais avançassem as décadas chegando forte aos dias atuais.

Por isso julgamos oportuno sempre lembrarmos daquelas figuras que participaram ativamente do Espiritismo, para que o público tome contato com seus legados. E neste mês recordamos Léon Denis, um dos mais respeitados pesquisadores e escritores do Espiritismo. Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, na França, em 1º de janeiro de 1846 e desencarnou no dia 12 de março de 1927.

Alma infatigável, desde cedo se lançou à leitura e ao conhecimento. Foi um autodidata. Aos 18 anos deu-se o seu encontro com o Espiritismo e desde então por toda sua existência física dedicou-se à Doutrina Espírita. É considerado um dos grandes filósofos do Espiritismo e suas obras são até os dias de hoje fonte fecunda e segura de conhecimento espírita.

Eis que ainda enfrentou desafios em sua vida. No ano de 1910 sua visão foi enfraquecendo, mas mesmo assim jamais desanimou e prosseguiu firme na divulgação do Espiritismo. Alguns anos mais tarde aprendeu braille e pôde, então, registrar com mais facilidade seus pensamentos acerca dos problemas existenciais que enfrenta o Homem na Terra.

Deixou um legado muito importante para nossas reflexões. Uma das obras de Dênis que mais me chamam a atenção é: Síntese Doutrinária e Prática do Espiritismo, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Livro extremamente interessante construído nos moldes de O Livro dos Espíritos, ou seja, em formato de perguntas e respostas. Na obra citada o autor vai objetivamente respondendo indagações e com isso nos locomove à reflexões das mais graves sobre Deus, Homem, alma, reencarnação, corpo, destino, ciência e etc.

Recomendamos não apenas a leitura deste livro como um constante estudo de suas páginas repletas de beleza e conhecimento. Retiro, aliás, passagem sublime para que o leitor encante-se ainda mais com o pensamento de Léon Denis. Diz ele:

“O verdadeiro, o belo e o bem são uma só e mesma coisa: são as três facetas de um só e mesmo diamante: o verdadeiro, que é a ciência, o belo, que é a arte, devem resumir-se no bem, que é o amor”.

Eis, portanto, uma singela lembrança daquele que foi um dos grandes missionários enviados por Jesus ao nosso planeta para acender a candeia, a fim de nos ajudar a caminhar com mais segurança por este planeta.

Fica nosso registro de gratidão e a sugestão para que o leitor pesquise e conheça mais sobre a obra e vida de Léon Denis.



 

O Tesouro Maior


Eu não sabia o significado de Seus discursos ou de Suas parábolas, até quando Ele não estava mais entre nós.

Mais ainda, eu não compreendi, até que Suas palavras tomaram formas vivas diante de meus olhos, e se transformaram em corpos que caminham na procissão de meus próprios dias.

Deixai-me dizer o seguinte:

Uma noite, enquanto eu me encontrava pensando, e recordando Suas palavras e Seus feitos, para escrevê-los em um livro, três ladrões adentraram minha casa.

Embora soubesse que eles vieram despojar-me de meus bens, eu estava absorto demais no que estava fazendo para enfrentá-los com a espada, ou até mesmo dizer: “O que fazeis aqui?”

E continuei escrevendo minhas recordações do Mestre.

Depois que os ladrões se foram, lembrei-me de Seu dizer: “Aquele que vem para levar vosso manto, deixai que leve vosso outro manto também.”

E compreendi.

Enquanto eu permanecia sentado, registrando Suas palavras, nenhum homem poderia ter-me impedido mesmo que me levasse todas as posses.

Pois, embora desejasse resguardar minhas posses e minha pessoa, eu sei onde está o tesouro maior.

As palavras inspiradas desse seguidor de Jesus nos fazem pensar sobre os tempos que vivemos na terra.

Num dia temos, no outro não temos mais. Momentos de abundância financeira alternam-se com os de escassez profunda.

O que é nosso realmente? O que nos faz possuidores de algo na Terra?

Tudo, por vezes, parece escorrer de nossas mãos tão facilmente!…

É difícil entender a posse, quando falamos dos bens materiais. Tudo aquilo que julgamos possuir, pode, de repente, pertencer a outro, ou a ninguém mais.

Estão aí as grandes calamidades levando tudo das famílias. Aí está a violência assaltando nossa vida. Tudo aquilo que despendemos tanto tempo para conseguir.

Tendo em mente apenas a visão material da vida, temos motivos para a revolta, para a indignação.

Porém sabemos que a vida não é isso, assim como sabemos que nós não somos o corpo de matéria bruta vislumbrado no espelho.

Somos muito mais… Assim como a existência o é.

Desta forma entendemos esta aparente despreocupação do Mestre, em relação ao Seu manto, quando afirmava: Aquele que vem para levar vosso manto, deixai que leve vosso outro manto também.

O manto era algo importante, um bem de necessidade básica, e mesmo assim a visão espiritual da vida diz: É apenas um manto.

Nosso tesouro maior está na alma, e esse ninguém pode arrancar de nós.

As conquistas que fazemos no campo do intelecto, o alcance das virtudes, os amores que cultivamos ao longo do tempo – nada pode ser retirado de nós.

Evitemos assim apego excessivo às posses que o mundo oferece.

Se a violência bater à nossa porta, deixemos que leve tudo, sabendo que nossa dignidade sempre permanecerá intacta.

Não arrisquemos a oportunidade bendita da existência, por um veículo, por algumas jóias ou por uma grande quantia em dinheiro.

Nada vale tanto quanto a chance de estar vivo na Terra. Nada vale tanto quanto a convivência com quem amamos.




 

Afetos não se apagam



Nathan sempre sonhara ser médico. A vida lhe pediu que desistisse de seu sonho.

Cedo precisou auxiliar a sustentar seus pais e irmãos. E cada vez seu sonho se tornava mais distante.

Décadas depois viu seu neto, pelo qual tinha um carinho especial, apresentar a mesma vontade.

Mas Nathan morreu quando o menino tinha apenas nove anos de idade. Aos 23 anos, Kevin mantinha o sonho sempre mais forte. Queria ser médico, curar as pessoas.

Como seus pais iriam pagar a faculdade era uma incógnita. O curso era muito caro. Eles eram corretores de imóveis e faziam o possível para fechar o maior número de negócios.

Certo dia, o pai de Kevin viu, no jornal local, o anúncio de alguém que queria vender uma casa.

Embora não costumasse entrar em contato com quem anunciava por sua própria conta, algo o fez telefonar.

Os donos tinham anunciado diretamente, desejando vender a casa, sem a necessidade de pagamento de comissão a corretores.

Mas acabaram marcando com o pai de Kevin uma visita para que ele conhecesse a casa.

Agendaram para a terça-feira. Quando Sherman falou com a esposa a respeito, ela o lembrou que ele tinha um compromisso anteriormente marcado.

Sherman ligou para os donos da casa e mudou a visita para a segunda, às quinze horas.

Mais tarde, eles tornaram a telefonar pedindo que ele fosse na segunda, mas pela manhã, às 11 horas.

Quando chegou ao local, Sherman descobriu que aquela casa tinha sido habitada pelos seus sogros, 15 anos antes.

Comentou isso com os proprietários mas, antes que continuassem a conversar sobre a estranha coincidência, a campainha tocou.

Era o carteiro.

Sherman ouviu o casal informar:

Não. Ninguém chamado Nathan Stein mora aqui…

Sherman se levantou rápido da cadeira e gritou: Era meu sogro!

Com as devidas explicações ao carteiro, conseguiu que a carta lhe fosse entregue, mediante assinatura de recebimento.

Era um informativo de um banco a respeito de uma conta corrente em nome de Nathan. Dizia que tal conta seria fechada em breve se ninguém a viesse reclamar, pois estava sem movimentação há anos.

O valor? Quinze mil dólares!

Sherman, sua esposa e seu filho tiveram, logo, a certeza. Fora Nathan que, de alguma forma, do mundo espiritual, envidara esforços para que ele estivesse lá, naquele momento.

Fui levado até lá no momento certo, disse Sherman. Meu sogro desejava que seu neto tivesse o dinheiro para pagar o primeiro ano da faculdade.

E a filha, mãe de Kevin, tem certeza de que seu pai que sempre cuidou dela, continua a cuidar até hoje.



A morte, de forma alguma rompe os laços do amor.

 Da espiritualidade, os nossos amores prosseguem a velar por nós.

Pais se esmeram no cuidado aos filhos que permaneceram na carne. Filhos, esposos, amigos têm os olhos voltados para nós, abençoando-nos ainda com seu afeto especial.

Com os Imortais aprendemos que os bons espíritos fazem todo o bem que lhes é possível. Sentem-se ditosos com as nossas alegrias.

Afligem-se com os nossos males, quando os não suportamos com resignação, porque então nenhum benefício tiramos deles.

Eles se compadecem dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo.

Assim, os bons Espíritos nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro.

Os parentes e amigos que nos precederam na outra vida, por nos votarem afeição, nos protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que disponham.

        Eles, como nós, são muito sensíveis aos sentimentos de amor e afeição.




 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

As Criançaz da Nova Era




De acordo com as pesquisas científicas, constantes do citado livro, eis algumas das principais características:

Têm inteligência superior à atual geração de adultos.

Têm nobreza de caráter.

Não aceitam liderança imposta.

Resistem a qualquer tipo de autoridade que não seja exercida de maneira democrática.

Sabem viver o presente.

Aprendem pela própria experiência recusando-se a seguir metodologia repetitiva e passiva.

Dispersam-se facilmente, a não ser que estejam envolvidas em alguma tarefa que lhes desperte grande interesse.




No livro “Momentos de harmonia”, editora Leal de Divaldo Pereira Franco, o Espírito Joanna de Ângelis diz “da-se neste momento a renovação do planeta, graças à qualidade dos espíritos que começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal.




No livro “Reforma Íntima sem Martírio”, editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, espírito Maria Modesto Cravo diz “Uma geração nova regressa as fileiras carnais da humanidade para arejar o panorama de todas as expressões segmentares do orbe, interligando-as e projetando-as a ampliados patamares de utilidade. É tempo de renovar.”

Sabemos que as crianças de hoje são muito inteligentes. Pois, de décadas para cá, os espíritos que estão nascendo em nosso planeta são muito especiais, nobres de alma, são fraternais por natural dedução, inteligentes. Essa alvissareira notícia de renovação do nosso planeta por meio de seres especiais que ora estão reencarnando, possivelmente é a mais importante ocorrência depois da vida de Cristo e do Nascimento de Kardec.


Luz do Evangelho

Revista Espírita de Campos










Lições




Que as perdas do meu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.

Ascensão.



Cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão.
Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina.
(Emmanuel. Livro: “Palavras de Emmanuel”. Ed. FEB)