fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Saber Amar


Aquele que sabe amar, suportar e perdoar sempre sai ganhando.
HERMAN HESSE (escritor alemão)

 

Prece diferente




Senhor!
Eu desejo Te fazer uma rogativa diferente. Todos pedem pelos injustiçados, por aqueles que têm sede e fome de justiça. Eu Te peço pelos que cometem injustiças.
Todos rogam pelas vítimas das drogas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que distribuem as drogas e com isso enriquecem.
São criaturas infelizes que ajuntam fortunas à custa de vidas alheias, de lares destroçados. Logo mais, eles terão que responder perante a Lei Divina por toda a infelicidade que estão cultivando.
Muitos pedem pelos órfãos e pelas viúvas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que deixaram as crianças sem pai e as mulheres sem marido, porque todos os que espalham o mal, brevemente enfrentarão o julgamento da própria consciência.
Todos suplicam pelas mães que tiveram as vidas dos seus filhos ceifadas em plena juventude, pelo braço da violência assassina. Pelas mães que choram a ausência dos filhos que eram toda a sua alegria.
Mas eu, Senhor, Te peço pelos corações das mães que têm seus filhos encerrados nas prisões. Por aquelas que os receberam nos braços, os amamentaram e teceram mil sonhos de ventura e os viram todos destroçados.
Te peço, Senhor, pelas mães que sofrem por ouvirem muitos chamarem seus filhos de bandidos, de criminosos, de homens sem alma.
Muitos suplicam pelos que padecem fome. Eu Te suplico por aqueles que a provocam. Por aqueles que, tendo abarrotados os celeiros, mantêm as portas fechadas, esperando que o preço suba, que o mercado fique melhor para poderem ganhar maiores somas em dinheiro.
Todos pedem em favor dos que não têm acesso aos medicamentos, aos hospitais, a exames e a um tratamento digno.
Eu Te rogo por todos aqueles que fazem das suas possibilidades de servir ao semelhante uma oportunidade de conseguir ainda mais moedas para acrescentar nas suas contas bancárias.
Muitos estendem súplicas aos céus pelos idosos abandonados que vivem nos asilos, nas ruas, nas clínicas.
Eu Te suplico por aqueles que os abandonaram porque um dia colherão a exata medida do que estão semeando na atualidade.
Enfim, Senhor, enquanto todos rogam pelos infelizes e desgraçados, eu Te rogo por aqueles que sorriem mas apresentam o coração em chaga viva, por aqueles que parecem ser vencedores no mundo, mas que trazem na intimidade a mensagem da frustração, do desamor e da solidão.
Eu Te peço, Senhor, por todos os que se encontram no momento da semeadura infeliz porque, na época da colheita, sofrerão imensamente por todos os espinhos que terão de colher.

O primeiro ato que deveria assinalar o dia do cristão é a prece.
Não existe uma fórmula especial para orar. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.
A qualidade principal da prece é ser clara, simples, sem frases inúteis.
Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma.
Orar por si mesmo é necessidade da criatura. Orar pelos que persistem no erro, é exercício de amor ao semelhante.


Cap.
XXVIII, item 1, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan


Kardec, ed. Feb.


Sempre o Bem




Bendito sejas, coração amigo,
Buscando construir e elevar para o bem
Sem destacar a treva
Nem ferir a ninguém.

Deus te guarde na lei do auxílio que nos rege
Sempre que te dediques a expressar-te,
À Excelsa Providência determina
Que a bênção do socorro esteja em toda parte.

Quem de nós, aprendizes do progresso,
Estará esquecendo orgulho, possessão, vaidade, força bruta?
Sem o amparo de alguém que nos tolere
E nos minore a luta?

Não vale maldizer a sombra em torno,
Basta a fim de arredá-la humilde vela acesa,
Unir e melhorar, ajudar e servir
São determinações da natureza.

Um pântano qualquer pode fazer-se, um dia,
Campina surpreendente, em fruto e flor,
Mas não prescindirá de mãos amigas
Que lhe estendam recurso, auxílio e amor...

Fita a cachoeira em ápices de força...
Sem alguém que lhe oferte o controle da usina,
É grandeza de ação deficitária,
Alto poder entregue à indisciplina.

Certo bloco de mármore do monte
Rolou a flagelar canteiros de verdura,
Mas um artista a educá-lo, dia-a-dia,
Dele fez obra-prima de escultura.

Pensemos quanto a isso, alma querida,
Estendendo a esperança, ante a força do bem;
Quem procura no amor a elevação da vida,
Não se detém no mal, nem censura a ninguém.


Espírito Maria Dolores - Do livro: Tempo de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos


 

Eu Melhor









Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?

Esta foi a pergunta feita pela redação de uma revista de circulação nacional, aos seus leitores.

A questão gerou uma matéria muito inspirada, intitulada Eu, melhor, apresentando diversos relatos de pessoas e acontecimentos que as transformaram.

Encontros, desencontros, doenças, surpresas. Diversos tipos de experiências foram narradas e, ao final de cada relato havia uma pessoa agradecida e melhor.

Uma delas, ainda muito jovem, lembra o dia em que o pai recebeu o diagnóstico de câncer e veio contar à família.

Pediu que não ficassem tristes pois, caso não conseguisse a cura, aproveitaria mesmo assim a oportunidade para se transformar em alguém melhor.

O homem buscou perdão e reconciliação com familiares. Um dia, ao ouvir de alguém a expressão doença maldita, rebateu dizendo: Para mim, ela é bendita!

Dois meses depois ele morreu. A filha, emocionada, afirma que não só ele se transformou em alguém melhor, mas mudou para melhor a vida de todos ao seu redor.

Seu exemplo é lembrado até hoje e sua conduta sempre será referência para aquele núcleo familiar.

A vida tem costume de surpreender. De repente, aparece alguém que, com um gesto, abre nossos olhos. Ou um acidente no percurso, apontando para novas direções.

Às vezes, é uma viagem ou um encontro programado que segue rumos inesperados e nos transforma.

É a soma de eventos assim, belos e gratuitos, que nos faz melhores, mais fortes, mais maduros.

Pode ser uma soneca no ônibus, um encontro com um desconhecido, um raio que clareia tudo ou a proximidade da morte.

O que importa é olhar para essas experiências e reconhecer que elas nos ensinaram e, do seu jeito, nos fizeram mais felizes.

Sem pedir nada em troca, são pequenas graças plantadas no cotidiano. Como se fossem sinais, apontando para lugares onde podemos ser mais leves e alegres.

Então, quando olhamos para trás e enxergamos o caminho percorrido, só nos resta agradecer, do fundo do coração, à vida, que nos faz uma versão melhor de nós mesmos.

Todas as forças da natureza nos impulsionam para frente, rumo ao progresso inevitável. Progresso da alma, que vai se tornando mais sensível, mais amorosa, mais madura.

Progresso também da mente, mais esclarecida, com capacidade de tomar decisões com mais segurança.

Aproveite esses momentos de reflexão, onde você estiver, para lembrar que experiências fizeram de você alguém melhor, e se você soube ou está sabendo aprender com os acontecimentos da vida.

Todos eles, julgados como bons ou maus por nós, trazem dentro de si o objetivo de depurar o Espírito aprendiz.

Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?




Matéria da revista Sorria nº 23, de dezembro/janeiro 2012, de autoria de Jaqueline Li, Jéssica Martineli, Karina Sérgio Gomes, Rafaela Dias, Rita Loiola, Tissiane Vicentin e Valéria Mendonça. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3480&stat




terça-feira, 3 de julho de 2012

Fé e trabalho




O trabalho é lei da vida.
Sem atividade, o corpo definha e o Espírito se amolenta.
Para demonstrar a importância do labor, em dado momento Jesus afirmou:
Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.
O Evangelho constitui um roteiro de vida equilibrada e saudável, não apenas um repositório de máximas de moral.
Saber-se útil é essencial à psicologia humana.
A criatura sem atividade produtiva carece de sentido existencial.
Tende a adoecer, física e psicologicamente.
Entretanto, o gosto por prolongados descansos persiste marcante na Humanidade.
Mesmo entre os religiosos, por vezes, o trabalho é tido à semelhança de uma punição.
Muitos afirmam desejar morrer para descansar.
Ou sinalizam, de variadas formas, considerar a morte uma forma de descanso.
O ócio seria um prêmio, um objetivo a ser perseguido.
Ocorre que essa linha de pensamento não encontra base na doutrina de Jesus.
A Espiritualidade Superior afirma não possuir interesse na incorporação de devotos famintos de um paraíso feito de preguiça.
Na Terra, mesmo a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores.
Os pequenos animais, guiados pelo instinto, cumprem o papel que lhes cabe.
Nessa linha, o que não deverá produzir a magnífica inteligência do Espírito encarnado?
Grande é a tarefa depositada nas mãos dos homens cuja inteligência é iluminada pela fé.
Fica-lhes muito mal reclamar da vida e desejar trabalhar o mínimo possível.
Seu papel é o de agentes da Providência.
Necessitam laborar com alegria para que o mundo se torne melhor.
Precisam ensinar os ignorantes, amparar os indigentes e os caídos.
Esse convívio com seres de valores diferentes não constitui uma punição ou uma desgraça.
O solo do planeta representa o abençoado círculo em que podem e devem colaborar com o Senhor da Vida.
Trata-se de seu educandário e de sua oficina.
Algum dia, lograrão assimilar bem a lição do serviço fraterno.
Então, terão acesso a mundos mais depurados e felizes porque estarão habilitados a neles desempenhar tarefas mais sofisticadas.
A porta Divina não se abre a Espíritos que não se sublimaram pelo trabalho incessante.
A plenitude íntima é condição própria de quem aprendeu a cooperar com Deus, no serviço ao próximo.
A figura de Jesus não pode ser invocada para justificar anseios de repouso prematuro.
Ele apenas atingiu as culminâncias da ressurreição após subir ao Calvário.
Ainda antes, ensinou e exemplificou o bem, de modo incansável.
Dentre suas lições, avulta a da fé que remove montanhas.
Então, não adianta reclamar ingresso em mundos felizes, antes de melhorar o planeta em que se habita.
Para seguir rumo a instâncias luminosas, é preciso acender a própria luz.
Ocorre que a luz do coração somente se acende em amor fraternal, à frente do serviço.

No
Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco
Candido Xavier, ed. Feb.


O Esposo da Pobreza




















Francisco de Assis, um dia,
Assim que deixara a orgia
No castelo,
Entregou-se à Natureza
A uma vida de aspereza
Num canto doce e singelo.
Abandonara a vaidade,
Buscando a paz da humildade,
A santa luz da harmonia;
E nas horas de repouso,
Francisco em estranho gozo
A voz de Jesus ouvia:

— “Filho meu, faze-te esposo
Da pobreza desvalida,
Emprega toda a tua vida
Na doce faina do bem.
Francisco, ouve, ninguém
Vai aos Céus sem a bondade,
Que é a grande felicidade
De todos os corações.
Esquece as imperfeições!...
Vai, conforta os desgraçados,
Sedentos e esfomeados,
Flagelados pela dor.
Quem alivia e consola,
Recebe também a esmola
Das luzes do meu amor!”

Francisco chorava e ria,
E em divinal alegria
Via os lírios e os jasmins,
Que não fiam, que não tecem,
Com roupagens que parecem
Vestidos de Serafins;
As aves que não trabalham
E no entanto se agasalham,
Os celeiros da fartura,
Saltando de galho em galho
Buscando a graça do orvalho,
Bênção do Céu, doce e pura.

Via a terra enverdecida
Exaltando a força e a vida,
A seiva misteriosa
No seio dos vegetais,
E a ânsia cariciosa
Das almas dos animais.
E sobretudo, inda via,
A sacrossanta harmonia
Do coração sofredor,
Que não tendo amor nem luz,
Tem tesouros de esplendor
No terno amor de Jesus.

Francisco de Assis, então,
Submerso o coração
Em sublimes alegrias,
Entregou-se às harmonias
Vibrantes da Natureza,
Tornou-se o amparo da dor
E guiado pelo amor
Fez-se Esposo da Pobreza...














Espírito Júlio Diniz - Do livro: Parnaso de Além-Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos








Oração




PAI de Infinita Bondade,

sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalaste!

Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.

Dá-nos a força de lutar pela nossa própria regeneração, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por teus sábios desígnios.

Auxilia-nos a conter as nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.

Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.

Ensina-nos a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as cousas.

Nos dias de aflição, faze-nos contemplar tua luz, através de nossas lágrimas e nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender tuas bênçãos com os nossos semelhantes.

Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas difíceis.

Concede-nos, sobretudo, a graça de compreender a tua vontade seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em teu nome e para que sejamos filhos de teu infinito amor.

Assim Seja.


 Espírito Agar - Do livro: Temas da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos



Dieta Mental



Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.

Emmanuel

As células do nosso organismo se alimentam do mesmo teor dos nossos pensamentos. Tudo o que se passa na mente se passa no corpo. Você não é apenas o que come, é também o que pensa.

Basta constatar como as lembranças tristes e amargas nos trazem sensações físicas desagradáveis. O corpo sente o que a mente pensa constantemente. Selecione seus pensamentos tanto quanto você seleciona os alimentos que leva à boca. Os bons pensamentos geram boas sensações corporais, e isto quer dizer que o corpo aprovou nosso modo de pensar. A sensação corporal é um excelente termômetro para medir a qualidade de nosso pensar. Jogue, imediatamente, fora todo e qualquer pensamento que lhe traga sensações físicas desagradáveis como aperto no peito, nó na garganta, tensão muscular, dor de cabeça.

Combata, principalmente, os pensamentos de medo, pois saiba que a doença somente terá o poder que você atribuir a ela. Você é maior que a doença e ela não é a sua inimiga. Para de pensar em doença como castigo. Doença é auxílio, é o bem disfarçado de mal.

Consciente disso, milhares de pessoas passaram a viver muito melhor depois que adoeceram, porque fizeram transformações positivas em suas vidas.

Procurar pensar naquilo que você deseja que aconteça em seu caminho. Por equívoco, geralmente dirigimos o nosso pensamento para as coisas que não desejamos em nossa vida, quando deveria ocorrer o contrário. Pense naquilo que você quer e não no que você não quer. Se quiser se curar, pense na saúde e não na enfermidade. O Mestre Jesus nos deu uma grande chave para abrir as portas da cura ao afirmar que os olhos são como uma luz para o corpo: "Se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz. Se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso."

A cura depende da maneira como se olha para a vida. Um bom olhar, aquele capaz de trazer luz ao corpo significa um olhar de positividade, de fé, de alegria, de total confiança de que o bem em nossa mente faz entrar o bem em nossa vida.

Se quiser se curar, pense na saúde e não na enfermidade.



Médium: José Carlos De Lucca.

Da obra: "O Médico Jesus".

Cada manhã




Cada manhã, volves ao corpo que te suporta a intemperança e recebes a bênção do sol que te convida ao trabalho, a palavra do amigo que te induz à esperança, o apoio constante da Natureza, o reencontro com os desafetos para que aprendas a convertê-los em laços de beleza e harmonia e, sobretudo, a graça de lutar por teu próprio aprimoramento, a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.

Desencorajar leve impulso do Bem é o mesmo que sufocar a semente que, divina e multiplicada, será, no caminho, a base de nosso pão.

Chora, mas constrói o melhor ao teu alcance.

Sofre, mas adianta-te no caminho.

Todos somos parcelas de imensa legião de trabalhadores em nome do Cristo, com o dever de cooperar incessantemente para que a harmonia e a felicidade se ergam na Terra, a benefício de todas as criaturas.

Ainda sim, no contexto geral das atividades, às vezes de sacrifício a que somos chamados, é indispensável compreender que podes e deves conquistar a tua própria paz, e que a tua própria paz depende, exclusivamente, de ti.

...Entretanto, existe a âncora que resiste a todas as ventanias da adversidade. Resguardando-te nessa defesa, não há desequilíbrio que te arraste fora do lugar e do dever que te competem.

Apega-te essa âncora e não temas, porque essa amarra bendita ao alcance de todos é, claramente, Jesus Cristo.

Por mais sofras, guarda a fé em Deus e segue adiante, no caminho que a vida te deu a trilhar.

A própria Natureza é um livro de confiança na Providência Divina.

Emmanuel - Do livro: Caminho Iluminado, Médium: Francisco Cândido Xavier


 

Súplica




Senhor! Enquanto a Terra se transforma,
Lembrando mar revolto ante bênção celeste,
Dá-nos a força de seguir na vida
A luz que nos legaste, o exemplo que nos deste!...

Auxilia-nos, Mestre, a suportar, sem queixa,
Luta, dificuldade, crise, prova...
Que aceitemos contigo a dor por instrumento
Que burila e renova.

Quando a perturbação nos assalte o roteiro,
Não nos deixe ferir ou desprezar alguém
E mostra-nos no mal que nos espanque e humilhe
A visita do bem.

Leva-nos a saber que o mal também trabalha e espera
E induze-nos a ver: em nossos vãos temores,
Que o diamante já foi carvão pobre e esquecido,
Que muito espinheiral é viveiro de flores.

Ante ofensas, pedradas e agressões,
Que, em teu nome, possamos acolhê-las,
Como quem agradece a escuridão da noite
Para guardar em prece a visão das estrelas!

Sobretudo, dirige-nos o passo,
Seja onde for e seja com quem for;
Ao clarão da bondade infatigável,
Para o culto do amor.

Que toda criatura do caminho
Encontre em nosso apoio um braço irmão,
Que vejamos, nos últimos da estrada,
Filhos do coração.

Concede-nos o dom de descobrir
Na imensa multidão atirada ao relento,
Nos irmãos em revolta, agarrados à sombra,
Nossa própria família em sofrimento.

Ensina-nos, Jesus, que os bens de que dispomos
São empréstimos teus
E faze-nos sentir que onde houver caridade,
Aí brilha mais alta a presença de Deus.


 Espírito Maria Dolores - Do livro: Preito de Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier


 

Quando os bons desejam...




Você já se deu conta de como o mundo está mudando? E não é para pior, de forma alguma.
Embora as manchetes, todos os dias, nos cientifiquem da violência, da desonestidade de muitos, o mundo está caminhando para melhores dias.
Basta se atente para notícias não tão retumbantes mas que se encontram em jornais, revistas, na internet.
Como asseverou Jesus: Buscai e achareis.
Quem, portanto, deseja saber o todo que ocorre nesta aldeia global, procura e encontra verdadeiras pérolas.
Por exemplo, a informação de quem ganhou o Prêmio Nobel da Paz, no ano de 2011.
Nada menos de três mulheres. E não é o fato de serem mulheres que torna a nota importante. Mas o que elas promovem, realizam em seus países e no mundo.
Ellen Johnson Sirleaf, presidente liberiana, primeira da África, eleita em 2005. Tawakkul Karman, ativista iemenita e Leymah Gbowee, assistente social da Libéria.
Leymah, em nome da paz, combate a desumana situação das mulheres no seu país, no Oriente Médio ou onde quer que a opressão as violente.
Mãe de seis filhos, essa mulher corajosa iniciou um movimento de mulheres para exigir a paz na Libéria. Viajou de aldeia em aldeia, organizando as mulheres.
Contra todas as expectativas, convenceu cristãs e muçulmanas a se unir. Seu discurso era:
Aqui, no movimento, não somos advogadas, ativistas nem esposas. Não somos cristãs nem muçulmanas, não somos dessa ou daquela tribo. Não somos nem nativas nem da elite. Somos apenas mulheres.
Levar as mulheres a lutar pela paz era o que ela desejava fazer na vida.
Quando as mulheres lhe perguntavam: Por que devemos fazer alguma coisa? – ela rebatia: Porque é da sua conta! Porque são vocês que têm sido violentadas pelos combatentes. Foi o seu marido que morreu. É o seu filho que está sendo alistado à força no exército.
Luta árdua, difícil.
Foi o grupo de Leymah que apressou a renúncia do presidente Charles Taylor em 2003 e o fim da guerra civil em seu país.
De onde tira a sua coragem? Da fé, diz ela. Tudo o que sou, tudo que aspiro ser, tudo o que fui, foi pela graça de Deus.
E assevera: Sempre há algo que uma pessoa sozinha pode fazer. Deus nos criou a todos com alguma contribuição inigualável a dar.
Alguns são chamados para ser o vizinho que vai juntar as crianças para cantar ou escutar.
Outros, para ser grandes oradores.
Quero acabar com o mito de que somos vítimas o tempo todo.
Somos mulheres fortes que passamos pelo inferno e ainda conseguimos nos manter de pé.
Onde quer que estejamos, podemos nos levantar.
Nada pode nos impedir de sermos o que quisermos.
Hoje, Leymah viaja pelo mundo como diretora-executiva da rede de mulheres pela paz e pela segurança na África, defendendo mulheres e meninas e tem assento junto a autoridades, que a ouvem.
Bem afirmaram os Espíritos Celestes, em O Livro dos Espíritos que, quando os bons o quiserem, eles predominarão sobre a Terra.

Namoro




Pergunta - Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares? Resposta - Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões. Item no. 291, de "O Livro dos Espíritos".


A integração de duas criaturas para a comunhão sexual começa habitualmente pelo período de namoro que se traduz por suave encantamento.

Dois seres descobrem um no outro, de maneira imprevista, motivos e apelos para a entrega recíproca e daí se desenvolve o processo de atração.

O assunto consubstanciaria o que seria lícito nomear como sendo um "doce mistério" se não faceássemos nele as realidades da reencarnação e da afinidade.

Inteligências que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias passadas, corações que se acumpliciaram em delinqüência passional, noutras eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em todos os lugares da Terra.

Positivada a simpatia mútua, é chegado o momento do raciocínio.

Acontece, porém, que diminuta é, ainda, no Planeta, a percentagem de pessoas, em qualquer idade física, habilitadas a pensar em termos de auto-análise, quando o instinto sexual se lhes derrama do ser.

Estudiosos do mundo, perquirindo a questão apenas no "lado físico", dirão talvez tão-somente que a libido entrou em atividade com o seu poderoso domínio e, obviamente, ninguém discordará, em tese, da afirmativa, atentos que devemos estar à importância do impulso criativo do sexo, no mundo psíquico, para a garantia e perpetuação da vida no Planeta.

É imperioso anotar, entretanto, em muitos lances da caminhada evolutiva do Espírito, a influência exercida pelas inteligências desencarnadas no jogo afetivo.

Referimo-nos aos parceiros das existências passadas, ou, mais claramente, aos Espíritos que se corporificarão no futuro lar, cuja atuação, em muitos casos, pesa no ânimo dos namorados, inclinando afeições pacificamente raciocinadas para casamentos súbitos ou compromissos na paternidade e na maternidade, namorados esses que então se matriculam na escola de laboriosas responsabilidades.

Isso porque a doação de si mesmos à comunhão sexual, em regime de prazer sem ponderação, não os exonera dos vínculos cármicos para com os seres que trazem à luz do mundo, em cuja floração, aliás, se é verdade que recolherão trabalho e sacrifício, obterão também valiosa colheita de experiência e ensinamento para o futuro, se compreenderem que a vida paga em amor todos aqueles que lhe recebem com amor as justas exigências para a execução dos seus objetivos essenciais.


Espírito Emmanuel - Do livro: Vida e Sexo, Médium: Francisco Cândido Xavier


 

Influência





“A prática de pensar sobre as fraquezas dos outros nos leva para baixo, para as esferas da sua influência negativa. Sendo assim, nos tornamos influenciados pela carga dos pensamentos ao invés de sermos o influenciador dos pensamentos. Para eliminar o hábito de demorar-se sobre o vácuo das fraquezas dos outros, pense sobre suas próprias virtudes e no que está faltando em sua esfera de influência positiva.”



Brahma Kumaris



Aquisição



“A mente é a base de tudo. Ela pode transformar você em qualquer coisa. Torná-lo como um oceano, se você pensou contínua e firmemente sobre coisas profundas. Torná-lo como o céu, se você a esvaziou o bastante para ser livre. Torná-lo como um trecho de terra plana, se você renunciou à sofisticação. A aquisição é ser como a natureza, um recurso para a vida. Não interferindo, mas estando ali, disponível.”
Brahma Kumaris

Abençoemos



Abençoemos os que se fizeram ou se fazem instrumentos de nossas dificuldades!

Abençoemos os que não nos compreenderam ou ainda não nos compreendam, nos quais encontramos o estímulo para a aquisição de novo entendimento!

Abençoemos os que nos criaram ou nos criem problemas e embaraços, porque sem eles não adestraríamos as nossas energias para a justa e necessária auto-superação!

Abençoemos quantos nos impuseram ou nos impõem trabalho incessante de renunciação e sacrifício, sem pausa, porquanto é por eles e com eles que nos habituamos a prosseguir na estrada reta que Jesus nos traçou.



 Espírito Batuira - Do livro: Mais Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier


 

Nosso Piores Temores



Sempre se diz que nosso pensamento é força, energia criadora, átomo que impulsiona.

Estudos são realizados e comprovam essas frases, mostrando-nos inclusive que a fé associada à razão (pensar, refletir, ponderar) opera fenômenos fantásticos em nosso viver, em nosso íntimo e ao nosso redor.

Uma tecla é também constantemente batida: vigiai e orai. Aprendemos que o vigiar é prestar atenção em nós, em nossos pensamentos, em nossas idéias e desejos. Buscamos como foco as nossas atitudes e não possíveis inimigos, guerreiros camuflados ou ladrões que esperam pelo anoitecer para nos abalroar, posto que já compreendemos que nosso domínio está em nós mesmos e não em outrem.

Bem, ainda assim cometemos deslizes inúmeros e, o maior deles e que queremos comentar neste momento, é justamente dos temores que guardamos em nosso íntimo.

Identificarmos em nós as fragilidades e os medos é algo arrazoado, posto que estaremos nos auto-analisando e aprendendo a conviver/corrigir com nossas virtudes e defeitos, mas, comumente, fazemos algo totalmente indevido: alimentamos os nossos temores!

E temos algum predileto, que alimentamos e agasalhamos qual tesouro precioso: 'meu filho ainda vai me dar um imenso desgosto'; 'morro de medo de adoecer e ficar em uma cama'; 'eu suportaria tudo, menos me separar de meu companheiro(a)'; 'eu quero uma morte fulminante, Deus me livre depender de alguém'; etc.

Bem, não nos damos conta de que nossos maiores temores, enraizados em nosso íntimo e constantemente relembrados por nós, são uma força e uma energia, tal qual nosso pensar.

Eram uma planta robusta (alguma situação que desencadeou este temor) e não notamos que era uma planta mostruosa, cujas raízes ocultas estavam minando toda a vida ao redor e minando também a possibilidade das demais plantas crescerem e se desenvolverem.

Por isso, ela cresceu e se alastrou, fincou raízes em nosso ser e, cedo ou tarde, dará a sua preciosa flor: a concretização de nosso maior temor!

Reflitamos sobre o que estamos alimentando em nós, seja pré-ocupações, tensões ou ansiedades e não nos esqueçamos de que embora certas doenças sejam a nossa grande oportunidade/prova para a ascensão que almejamos, nem sempre elas fazem parte do nosso real cronograma, mas tornam-se um acréscimo gerado pela nossa própria mente às provas que Deus sensatamente nos envia.

Que a paz do Mestre nos envolva.


Fiorella Romana




A Lei do Trabalho



O trabalho é uma lei tanto para as humanidades quanto para as sociedades do espaço. Desde o ser mais rudimentar até os espíritos angélicos que velam pelos destinos dos mundos, cada um faz sua parte no grande concerto universal.

Penoso e grosseiro para os seres inferiores, o trabalho suaviza-se à medida que a vida se depura. Torna-se uma fonte de prazeres para o espírito adiantado, insensível às atrações materiais, exclusivamente ocupado com estudos mais elevados.

É pelo trabalho que o homem doma as forças cegas da Natureza e preserva-se contra a miséria; é através dele que as civilizações se formam, que o bem-estar e a Ciência difundem-se.

O trabalho é também um grande consolador, um derivativo salutar contra nossas aflições, contra nossas tristezas; acalma as angústias do nosso espírito e fecunda nossa inteligência. Não há dor moral, decepções, reveses que não encontrem nele um alívio; não há vicissitudes que resistam à sua ação prolongada. Aquele que trabalha tem sempre um refúgio seguro na provação, um verdadeiro amigo na aflição; não produz o desgosto da vida. Mas quão digna de piedade é a situação daquele em que as enfermidades condenam à imobilidade, à inação! Se esse homem sentiu a grandeza, a santidade do trabalho; se, além do próprio interesse, vê o interesse geral, o bem de todos, e quer nele contribuir, sofre uma das provas mais cruéis que podem estar reservadas a um ser vivente.

Tal é também, no espaço, a situação do espírito que faltou para com seus deveres e desperdiçou sua vida. Compreendendo tardiamente a nobreza do trabalho e a vilania da ociosidade, sofre por não mais poder realizar o que sua alma concebe e deseja.

O trabalho é a comunhão dos seres. Através dele, aproximamo-nos uns dos outros, aprendemos a nos ajudar, a nos unir; daí à fraternidade é só um passo. A Antiguidade Romana havia desonrado o trabalho fazendo dele o quinhão do escravo. Isso explica sua esterilidade moral, sua corrupção, suas secas e frias doutrinas.

Os tempos atuais têm outra concepção da vida. Buscam a plenitude num labor fecundo, regenerador. A filosofia dos espíritos amplia ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o princípio de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos a ação dessa lei estendendo-se à universalidade dos seres e dos mundos. É por isso que estamos autorizados a dizer: Despertem, ó todos vocês que deixam adormecer suas faculdades, suas forças latentes. De pé, mãos à obra! Trabalhem, fecundem a terra, façam ecoar nas usinas o ruído cadenciado dos martelos e os assobios do vapor. Agitem-se na colmeia imensa. Sua obra é grande e santa. Seu trabalho é a vida, é a glória, é a paz da humanidade. Operários do pensamento, perscrutem os grandes problemas, estudem a Natureza, propaguem a Ciência, lancem através das multidões os escritos, as palavras que reerguem e fortificam. Que de uma extremidade à outra do mundo, unidos na obra gigantesca, cada um de nós faça esforço, a fim de contribuir para enriquecer o domínio material, intelectual e moral da humanidade.
“Depois da Morte”, de Léon Denis. Léon Denis Gráfica e Editora


Não te afastes



“Mas livra-nos do mal”. – Jesus. (Mateus, 6:13.)

A superfície do mundo é, indiscutivelmente, a grande escola dos espíritos encarnados.

Impossível recolher o ensinamento, fugindo à lição.

Ninguém sabe, sem aprender.

Grande número de discípulos do Evangelho, em descortinando alguns raios de luz espiritual, afirmam-se declarados inimigos da experiência terrestre. Furtam-se, desde então, aos mais nobres testemunhos. Defendem-se contra os homens, como se estes lhes não fossem irmãos no caminho evolutivo. Enxergam espinhos, onde a flor desabrocha, e feridas venenosas, onde há risco inocente. E, condenando a paisagem a que foram conduzidos pelo Senhor, para serviço metódico no bem, retraem-se, de olhos baixos, recuando do esforço de santificação.

Declaram-se, no entanto, desejosos de união com o Cristo, esquecendo-se de que o Mestre não desampara a humanidade. Estimam, sobretudo, a oração, mas, repetindo as sublimes palavras da prece dominical, olvidam que Jesus rogou ao Senhor Supremo que nos liberte do mal, mas não pediu o afastamento da luta.

Aliás, a sabedoria do Cristianismo não consiste em insular o aprendiz na santidade artificialista, e, sim, fazê-lo ao mar largo do concurso ativo de transformação do mal em bem, da treva e da dor em bênção.

O Mestre não fugiu aos discípulos; estes é que fugiram dEle no extremo testemunho. O Divino Servidor não se afastou dos homens; estes é que o expulsaram pela crucificação dolorosa.

A fidelidade até o fim não significa adoração perpétua em sentido literal; traduz, igualmente, espírito de serviço até o último dia de força utilizável no mecanismo fisiológico.

Se desejas, pois, servir com o Senhor Jesus, pede a Ele te liberte do mal, mas que não te afaste dos lugares de luta, a fim de que aprendas, em companhia dEle, a cooperar na execução da Vontade Celeste, quando, como e onde for necessário.
Vinha de Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira.


Não duvides



“… O que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.” – Tiago. (Tiago, 1:6.)

Em teus atos de fé e esperança, não permitas que a dúvida se interponha, como sombra, entre a tua necessidade e o poder do Senhor.
A força coagulante de teus pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.

A dúvida, no plano externo, pode auxiliar a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é o dissolvente de nossas melhores energias.

Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo.

Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda.

Compreendendo o impositivo de confiança que deve nortear-nos para a frente, insistamos no bem, procurando-o com todas as possibilidades ao nosso alcance.

Abandonemos a pressa e olvidemos o desânimo.

Não importa que a nossa conquista surja triunfante hoje ou amanhã. Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos, aqui e agora, porque a vida se incube de trazer-nos aquilo que buscamos.

Avançar sem vacilações, amando, aprendendo e servindo infatigavelmente – eis a fórmula de caminhar com êxito, ao encontro de nossa vitória. E, nessa peregrinação incansável, não nos esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinar-nos para a negação e para a morte.
 “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira

Descansar





“E ele disse-lhes: vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco;
porque havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer.” ( Marcos, 6:31 )


Pressa e agitação caracterizam o ambiente das criaturas menos avisadas em todos os tempos.
Na época de Jesus, muita gente já ia e vinha aqui e acolá, sofrendo a pressão de exigências da vida material, acreditando não dispor de tempo para pensar.
Isso fez que o Mestre se dirigisse à multidão, exortando: “vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco”.
Entretanto, assim como aparecem os que exageram as próprias necessidades, caindo em precipitação, temos os companheiros que se excedem no descanso, encontrando, a cada passo, motivos para a fuga do dever a cumprir. À vista de embaraços mínimos, declaram-se fatigados, desiludidos, deprimidos ou enfermos, e param a máquina do serviço que lhes compete, recolhendo-se à inércia, com o pretexto de meditação, refazimento, virtude ou prece. Para isso, muitos dizem que o próprio Jesus aconselhou o repouso e a oração, esquecendo-se de que o Senhor reconstituía as forças no retiro, a fim de tornar ao serviço e prosseguir trabalhando...
Nesse sentido, convém recordar as palavras textuais do Evangelho. Jesus não afirmou: repousai quanto quiserdes, mas sim, repousai em pouco.


(Do livro "Palavras de Vida Eterna", Emmanuel, Francisco C. Xavier