fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A verdadeira fraternidade



A verdadeira fraternidade coloca a prova
nosso caráter e nossa personalidade.
Porque a fraternidade, nos pede uma mudança em nossos
sentimentos e pensamentos e nos coloca a disposição
sentimentos sublimes de Amor e Caridade para com o próximo,
só depende de nós agarrarmos esta oportunidade de evoluir.
A fraternidade, nos leva a extinguir de nossos corações
sentimentos como o Egoísmo e o Orgulho, dando passagem
para o Amor incondicional e a Caridade, como objetivos de vida.
Tudo é transformado em nós, quando começamos a praticar a fraternidade.
Temos a oportunidade de praticá-la todos os dias, em nosso Lar,
em nosso Local de trabalho e no nosso convívio social,
basta que para isso, comecemos a olhar o outro como nosso irmão
e não como nosso adversário.
Porque bem sabemos que somos todos os filhos de um mesmo pai, Deus.
Diante disso, devemos praticar diariamente em nós a fraternidade
para com todos que encontrarmos pelo caminho, somente desta forma,
poderemos nos libertar de sentimentos menores que atrasam nossa caminhada.
Não é tarefa fácil, mas todos nós temos a condição para essa mudança,
basta que façamos diariamente uma reflexão sobre nossos atos
e sentimentos que oferecemos aqueles que encontramos todos os dias.
Façamos realmente esta reflexão, e poderemos ver que ainda
damos ao outro muito menos do que poderíamos dar.

Mendacidade




Costume arraigado no inconsciente humano, em decorrência dos hábitos doentios do passado, a mendacidade também resulta dos processos insalubres da educação doméstica, especialmente nas famílias atrabiliárias, caracterizadas por desajustes de vária ordem.

A família é o laboratório no qual se forjam os valores morais edificantes, mediante as contribuições valiosas do amor e da disciplina, corrigindo-se condutas enfermiças e trabalhando-se valores espirituais que devem predominar em a natureza de cada um dos seus membros.

O que não se conseguir em formação da personalidade nos anos infanto-juvenis, no seio doméstico, muito mais difícil se apresentará ao longo dos outros períodos, em impositivos de reeducação.

Por essa razão, é mais fácil e proveitoso criar-se hábitos morigerados e saudáveis na infância, quando se insculpe o aprendizado no cerne do ser, do que mais tarde, quando o comportamento já conduz fixações destituídas de equilíbrio e de ética.

Entre os vícios que florescem nos clãs desajustados, a mendacidade ocupa um papel de relevo, em razão da falta de compostura dos seus membros em relação à verdade.

O desrespeito ao correto e veraz, a desconsideração pela maneira como os fatos sucedem, desbordam em referências adulteradas, em comentários desairosos, que primam pelo cinismo das conclusões.

Perdendo-se os parâmetros em torno dos acontecimentos, mente-se com muita naturalidade, investindo-se na imaginação exacerbada e tornando-se impossibilitado de proceder a qualquer narrativa conforme o sucedido.

Da mentira pura e simples à perfídia, nesses casos, é somente um passo, assim como da permanente máscara de hipocrisia afivelada à face ao fingimento sistemático, torna-se um costume habitual.

Prolongando-se esse comportamento, as suas vítimas desajustam-se e atormentam-se em razão da falta de dimensão da verdade negligenciada.

Tanto se acostumam com a maneira incorreta de agir, que se fazem incapazes de manter a serenidade, o equilíbrio, quando estão no grupo social em que se movimentam.

No íntimo, sabem discernir o certo do errado, compreender que laboram em campo de alto risco, qual seja o da mentira, em razão de ser facilmente descobertos, no entanto, a astúcia, que também é um remanescente ancestral da evolução, ilude-os, estimulando novos argumentos totalmente injustificáveis.

Dessa forma, vivem conflitos emocionais que se agravam com a sucessão do tempo, em razão do medo constante de serem desveladas as suas mazelas, sendo levados ao ridículo que merecem, mas se negam a reconhecer.

Vive-se, em consequência, numa sociedade que se deslumbra com o fausto, a ilusão, a mendacidade, como fenômenos perfeitamente naturais, mas felizmente insustentáveis e decepcionantes.

O ser humano educado é veraz em todos os momentos, assumindo as responsabilidades da sua conduta, mesmo quando experimentando dissabores e angústias.

O compromisso com a verdade não lhe permite negaceá-la, aceitando o suborno da fantasia que se dilui como névoa ao sol da realidade.

A instabilidade da conduta, no entanto, em relação aos acontecimentos do cotidiano, a falta de ponderação e recato em referência aos fatos, dão-lhe lugar à perda da autoestima e, consequentemente, da saúde emocional.

Alguns quadros de depressão psicológica têm início na ausência do autoamor no paciente, que, se não amando, considera-se indigno de ser também amado, porque reconhece a abjeção interior em que se encontra

Não se encorajando a enfrentar os desafios existenciais que se lhe acumulam no íntimo como efeito da mendacidade, disfarça o conflito que sofre com novas arremetidas da imaginação.

O desenvolvimento intelecto-moral saudável é estruturado nos alicerces da realidade, no convívio com os pensamentos elevados e as programações edificantes de contínua vigilância moral, propiciando-se renovação de atitudes, que facultam estímulos salutares para a evolução.

Descobrindo de quanto é capaz, o indivíduo sai da névoa do desequilíbrio e enfrenta a claridade dos acontecimentos, esforçando-se para acompanhar a marcha do progresso, mediante engajamento seguro nas suas fileiras.

Ser veraz se lhe desenha na mente como adequada condição de pessoa inteligente que opta pelo que é lícito e real, em vez das tumultuadas fugas para a mentira e a hipocrisia.

É medida de bom-tom o reconhecimento das possibilidades que se encontram ao alcance de todos os indivíduos, cada qual estabelecendo as suas metas e campos de trabalho, sem apego ao passado nem ansiedade pelo futuro.

Delineando uma programação existencial, o seu início deve expressar-se de dentro, do íntimo para o exterior, alterando os hábitos mentais perniciosos em que se comprazia e fruindo o bem-estar das novas conquistas a pouco e pouco logradas.

Nesse empreendimento muito pessoal e profundamente psicoterapêutico, modificam-se as paisagens interiores da sua realidade, favorecendo-o com alegria espontânea, que é resultado do destemor de qualquer tipo de acontecimento, podendo seguir adiante em perfeita identificação com a vida.

Ninguém se subtrai à verdade, permanecendo indefinidamente mergulhado nos densos nevoeiros da mendacidade e do despautério.

A marcha do progresso é inestancável, não permitindo a pessoa alguma permanecer por tempo indefinido na retaguarda.

Quando ao viandante faltam as forças e a sua é a opção do estacionamento, as irrefragáveis Leis da Vida impõem-se-lhe, arrastando-o a princípio, a fim de que prossiga com o próprio esforço depois.

Nos transtornos de comportamento, além dos fatores endógenos e exógenos, identificados pelos estudiosos das doutrinas psicológicas, predominam os de natureza espiritual, obsessivos, que defluem dos comportamentos indignos do ora encarnado em relação àqueles que ficaram no Mais Além e vêm cobrar-lhe a necessária reparação.

Mantendo os comportamentos levianos e mendazes de ontem, oferecem campo psíquico para que se instalem as enfermidades espirituais que requerem cuidadosos procedimentos específicos, a fim de auxiliar o perseguidor e amparar o perseguido.

Essas ocorrências têm lugar nos campos mentais e morais dos pacientes que se facultam o prosseguimento da insensatez, quando dispõem do valioso arsenal do amor e da prece, da paciência e da correção de conduta, da caridade e da abnegação...

Enfermos da alma, portanto, são todos aqueles que optam pela mendacidade que os conduz ao abismo, podendo libertar-se do vício perverso, utilizando-se das contribuições insubstituíveis do Evangelho de Jesus...



Joanna de Ângelis - Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco.


 



O bom, o justo e o belo são direitos divinos
 adquiridos ao longo de nossa caminhada como
 seres humanos. Seremos sempre abençoados com a
 capacidade de nos sentirmos imensamente felizes
 quando compreendemos plenamente a nossa herança.
 A liberdade do orgulho, a expressão de sentimentos
 puros, a ternura ao buscar a paz e a justiça divinas,
 iluminam o nosso caminho, onde estivermos.


 

Jornada Espíritual



Quando a vida se torna agitada e exigente,
 podemos empobrecer nossa dimensão espiritual.
 O caos dos horários, do estresse, das exigências
 parece sobrepujar a “voz silenciosa e suave” de Deus.
 Mas a graça e o amor de Deus nos acompanham,
 ainda que não os percebamos nem apreciamos.
 Seu Anjo está sempre ao seu lado, pronto para ajudar
 você a retomar sua jornada espiritual e redescobrir
 a alegria e a paz da serenidade.

Autoperdão e ação responsável



Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante toda nossa vida.
Nascemos com as sementes das flores mas, ao invés de plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso canteiro de espinheiros.
vamos plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos um grande espinheiro.
Então, podemos ter três atitudes diferentes:
Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.
Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo, começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos,que não temos nada a ver com isso, etc.
Finalmente, se buscamosa ação responsável, ao perceber o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.
Depois, percebemos que as sementes das flores continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos mais conscientes.
Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um, todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.
* * *
Reflitamos sobre as três atitudes:
De que adianta cravar os espinhos plantados na própria carne? Por que aumentar o sofrimento?
Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.
Substituir os atos de desamor praticados à vida com mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.
Por outro lado, pensando naqueles que ainda conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que ele pareça, veremos:
Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco, apenas estamos postergando o despertar da consciência.
Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.
O hábito de sempre encontrar desculpas e justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção imediata de nossa parte.
O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.
Apenas a última opção, a da ação responsável, é caminho seguro.
É uma atitude proativa, pois ao assumir a responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos substituí-los pelas flores.
Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.
Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.

Sempre que cometermos erros, procuremos nos autoperdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da culpa pela carga educativa da responsabilidade.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cada Ave Em Seu Ninho



A inveja mora no deserto da insatisfação.A tristeza improdutiva desabrocha no abismo do desânimo.
A perturbação cresce no precipício do dever não cumprido.
O desequilíbrio desenvolve-se no despenhadeiro da intemperança.
A crueldade nasce no pedregulho da dureza espiritual.
A maledicência brota no espinheiral da irreflexão.
A alegria reside no coração que ama e serve.
A tranqüilidade não se aparta da boa consciência.
A fé reconforta-se no templo da confiança.
A solidariedade viceja no santuário da simpatia.
A saúde vive na submissão à Lei Divina.
O aprimoramento não se separa do serviço constante.
O dom de auxiliar mora na casa simples e acolhedora da humildade.
Cada ave em seu ninho, cada cousa em seu lugar.
Há muitas moradas para nossa alma sobre a própria Terra.
Cada criatura vive onde lhe apraz e com quem lhe agrada.
Procuremos a estrada do verdadeiro bem que nos conduzirá à felicidade perfeita, de vez que, segundo o ensinamento do Evangelho, cada espírito tem o seu tesouro de luz ou o seu fardo de sombra, onde houver colocado o próprio coração”.


A lição do Essencial



Discorriam os discípulos, entre si, quanto às coisas essenciais ao bem-estar, quando o Senhor, assumindo a direção dos pensamentos em dissonância, acrescentou:

— É indispensável que a criatura entenda a própria felicidade para que se não transforme, ao perdê-la, em triste fantasma da lamentação.

Longe das verdades mais simples da Natureza, mergulha-se o homem na onda pesada de fantasiosos artifícios, exterminando o tempo e a vida, através de inquietações desnecessárias.

E como quem recordava incidente adequado ao assunto, interrompeu-se por alguns instantes e retomou a palavra, comentando: — Ilustre dama romana, em companhia dum filhinho de cinco anos, dirigia-se da cidade dos Césares para Esmirna, em luxuosa galera de sua pátria.

Ao penetrar na embarcação, fizera-se acompanhar de dois escravos, carregados de volumosa bagagem de jóias diferentes: colares e camafeus, braceletes e redes de ouro, adornados com pedrarias, revelavam-lhe a predileção pelos enfeites raros.

Todo o pessoal de serviço inclinou-se, com respeito, ao vê-la passar, tão elevada era a expressão do tesouro que trazia para bordo.

Tão logo se fez o barco ao mar alto, a distinta senhora converteu-se no centro das atenções gerais.

Nas festas de cordialidade era o objetivo de todos os interesses pelos adornos brilhantes com que se apresentava.

A excursão prosseguia tranqüila, quando, em certa manhã ensolarada, apareceu o imprevisto.

O choque em traiçoeiro recife abre extensa brecha na galera e as águas a invadem.

Longas horas de luta surgem com a expectativa de refazimento; entretanto, um abalo mais forte leva o navio a posição irremediável e alguns botes descidos são colocados à disposição dos viajantes para os trabalhos de salvamento possível.

A ilustre patrícia é chamada à pressa.

O comandante calcula a chegada a porto próximo em dois dias de viagem arriscada, na hipótese de ventos favoráveis.

A jovem matrona abraça o filhinho, esperançosa e aflita.

Dentro em pouco ela atinge o pequeno barco de socorro, sustentando a criança e pequeno pacote em que os companheiros julgaram trouxesse as jóias mais valiosas.

Todavia, apresentando o conteúdo aos poucos irmãos de infortúnio que seguiriam junto dela, exclamou:

— “Meu filho é o que possuo de mais precioso e aqui tenho o que considero de mais útil”.

O insignificante volume continha dois pães e dez figos maduros, com os quais se alimentou a reduzida comunidade de náufragos, durante as horas aflitivas que os separavam da terra firme.

O Mestre repousou, por alguns segundos, e acrescentou:

— A felicidade real não se fundamenta em riquezas transitórias, porque, um dia sempre chega em que o homem é constrangido a separar-se dos bens exteriores mais queridos ao coração.

Os loucos se apegam a terras e moinhos, moedas e honras, vinhos e prazeres, como se nunca devessem acertar contas com a morte.

O espírito prudente, porém, não desconhece que todos os patrimônios do mundo devem ser usados para nosso enriquecimento na virtude e que as bênçãos mais simples da Natureza são as bases de nossa tranqüilidade essencial.

Procuremos, pois, o Reino de Deus e sua justiça, tomando à Terra o estritamente necessário à manutenção da vida física e todas as alegrias ser-nos-ão acrescentadas.

Da obra “Jesus no Lar”, de Neio Lúcio - psicografia de Chico Xavier



 

Mesmo Com Lágrimas



“…quanto mais dolorosa a marcha, maior o auxílio do Senhor para os que edificam o Bem.

Ainda mesmo com lágrimas saibamos sorrir, à luz da esperança, conscientes de que Jesus permanece velando.

…trabalho, solidão, renúncia ao reconforto pessoal, firmeza na fé e serenidade na construção do bem foram igualmente os marcos do caminho do Mestre Divino.”

Dr. Bezerra de Menezes. Psicografia de Chico Xavier

Ilusões e Tentações



“Levanta-te e esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias.”
Emmanuel

É muito importante que estudemos e conversemos sobre ilusões e tentações. No mundo conturbado de hoje, esses males parecem nos sugar para uma área de angústias, como um redemoinho de enganos. Muitos chegam a envolver outras pessoas em suas ilusões e fantasias, o que é um grave desrespeito. O tempo desperdiçado com esse mal poderia ser empregado realizando conquistas verdadeiras na seara do Bem.

A boa notícia é que esse é um caminho do qual há volta, mediante grande esforço pessoal. A reforma moral é urgente.

Para auxiliar-nos com diretrizes para nossa reforma íntima, apresentamos hoje o estudo baseado na mensagem “Tentações”, de Joanna de Ângelis, que pode ser lido a seguir ou baixado





Capítulo 56 da obra “Lampadário Espírita” (Editora FEB), de Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Franco 



Tentações



“Alma cansada de lutar e sofrer, carregada e batida pelos ventos tempestuosos da paixão, pára na estrada por onde caminhas aflita, arrima-te, abraçando a árvore da fé, e examina os ouropéis mentirosos que voluteiam em derredor:

a sede do ouro doou-te o espinho cruel da ambição desequilibrada;

a ânsia de guardar beleza enclausurou-te na estrita cela do receio sem-termo;

o desejo da carne amarrou-te à desarmonia da mente, crucificando em madeiro inglório de aflição e dor;

a tormenta do orgulho agasalhou em teu coração serpentes venenosas que te espreiam sem cessar;

a loucura do poder arrojou-te ao despenhadeiro do crime, iludindo-te com a imagem de altura fictícia;

a insanidade dos prazeres, que o comodismo concede, custou-te o preço da saúde e da paz;

a incessante busca da glória efêmera, no palco terreno, expôs-te aos dardos da maldade ultriz que ora te ferem e magoam.



No parque onde brincam a mentira agradável, o ódio sorrateiro, a injúria delicada, a maledicência pertinaz, a hipocrisia sorridente, a vaidade brilhante, também choram a honradez ultrajada, a dignidade ferida, o caráter desrespeitado, o sacrifício humilhado, o dever combatido pelos atores da comédia da ilusão.

A alegria ruidosa sacrifica a harmonia das cordas vocais.

A bondade muito apregoada, anula-se.

Para manutenção da elegância física é necessário o sacrifício de delicados órgãos vitais.

A juventude disfarçada num semblante cansado é água pura à tona e estagnada ao fundo, produzindo envenenamento.

Só no exemplo do Cordeiro de Deus podes manter a inquebrantável harmonia interna que brilhará em ti, refletida.

Ao invés de sucumbires às tentações que espalham espinhos pela senda, retira do madeiro, onde Ele agonizou, a coroa dos testemunhos, põe-na em tua fronte e, embora sofrendo, poderás ser feliz e, carregado de dores, penetrarás no Reino da Alegria Imperecível.

Não temas!
Reflexão

- Quais das situações refletidas no texto estão presentes em nossas vidas atualmente?

- Temos alimentado ilusões, tentado parecer o que não somos?

- Temos envolvido outras pessoas em nossas ilusões, o que é um desrespeito?

- Tendo reconhecido nossos erros, o que podemos fazer para nos livrar daquilo que sabemos fazer mal a nós e aos outros?

- Analisemos as preocupações que temos tido ultimamente: alguma delas se refere a coisas fúteis?

- Que medidas são urgentes para a nossa reforma moral (ocupar a mente, etc.)?



Peçamos o auxílio de Deus para identificar e eliminar as ilusões que alimentamos, a fim de que não desperdicemos a existência presente com frivolidades. Peçamos também o auxílio divino para identificar tudo aquilo por que vale a pena trabalhar.
Prece:

Senhor Deus, que sois Todo bondade e Todo misericórdia, em nome de Jesus pedimos o Vosso auxílio, por intermédio dos Bons Espíritos, para que nos livremos das ilusões deste mundo e possamos buscar o que realmente importa para a verdadeira vida. Ajudai-nos, Senhor, na tarefa do auto-aprimoramento, pois sem a Vossa misericórdia nada somos e nada podemos. 







O Que Mais Sofremos




O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.



Espírito: Albino Teixeira
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: “Passos da Vida” - EDIÇÃO IDE


 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Felizes e Infelizes




 O conceito espírita da felicidade nem sempre enxerga os felizes onde o mundo os coloca.

Há pessoas que requisitam conforto demasiado, na preocupação de serem felizes, e acabam infelizes, estiradas no tédio.

Criaturas aparecem, pleiteando destaque e, em se crendo ditosas por obtê-lo, confessam-se infortunadas depois, quando se reconhecem inabilitadas para os encargos que receberam.

Há felizes nas mesas lautas, comprando enfermidades com os excessos a que se afeiçoam e infelizes, na carência material, entesourando valores imperecíveis, no proveito das lições que o mundo lhes reservou.

Em toda parte, surpreendemos os felizes de saúde, que abusam da rubustez, caindo na desencarnação prematura, e os infelizes de doença, que senhoreiam longa vida pelo respeito que dedicam ao corpo.

Em todos os lugares, os contrastes aparentemente chocantes... Situações risonhas, muitas vezes, geram suplícios porvindouros, por não saber quem as possui, empregar criteriosamente a felicidade que lhes foi emprestada. Aqui e além, surgem, sem conta, os felizes-infelizes nos enganos a que se arrojam e os infelizes-felizes, nas provações em que se elevam.

Sócrates, considerado infeliz, é o pai da filosofia.

Anytos, imaginado feliz, ainda hoje, no conceito do mundo, é o carrasco.

Jesus, suposto infeliz, é o renovador do mundo.

Barrabás, julgado feliz, até agora, na memória dos homens, é o malfeitor.

Apliquemos o entendimento espírita aos acontecimentos cotidianos e verificaremos que os felizes e os infelizes não estão qualificados pela abastança ou pela indigência que entremostrem nos quadros exteriores. São e serão sempre aqueles que, em qualquer circunstância, edificam a felicidade para os outros, de vez que as leis da vida determinam seja a criatura medida pelas outras criaturas, especificando que a felicidade ou a infelicidade articuladas por alguém, nos caminhos alheios, se voltem, matematicamente, para quem os formou.


 Emmanuel - Do livro: Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira






O Elogio da Abelha




Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.

A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:

-— Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.

-—Sim – disse a abelha com desapontamento -, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.

- Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? – tornou a mosca – por que ferretoar, a torto e a direito?

-— Não minha amiga – esclareceu a interlocutora -, não é bem assim. Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão-somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.

-— Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia a intromissão.

-— Ah! Não posso despender muito tempo em tal assunto – alegou a abelha criteriosa. – O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento da nossa colméia, e necessária a muita gente, não me ofereces ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.

-— Repara! – disse-lhe a mosca, desdenhosa – tuas patas estão em lastimável estado...

-—Encontro-me em serviço – explicou-se a operária humildemente.

-—Não! não! – protestou a outra – isto é monturo e relaxamento.

E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.

Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:

-— Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...

A pequeninha trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba a exibir-se, voando despreocupada.

-— Que maravilha! – exclamou uma das senhoras.

-—Parece uma jóia! – disse a outra.

A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.

Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família. A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.

Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?

Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todas; e há muita gente de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.



Néio Lúcio

Por Francisco Cândido Xavier

Livro: Alvorada Cristã

domingo, 20 de novembro de 2011

Pingo d´água .



Insignificante é o pingo d'água, todavia, com o tempo,traça um caminho no corpo duro da pedra.

Humilde é a semente, entretanto, germina com firmeza e produz a espiga que enriquece o celeiro.

Frágil é a flor, contudo, resiste à ventania, garantindo a colheita farta.

Minúscula é a formiga, mas edifica, à força de perseverança complicadas cidades subterrâneas.

Submissa é a argila, no entanto, com o auxílio do oleiro, transforma-se em vaso precioso.

Branda é a veste física, que um simples alfinete atravessa, todavia suporta vicissitudes incontáveis e sustenta o templo do Espírito em aprendizado, por dezena de lustros, repletos de necessidades e padecimentos morais.

O verdadeiro progresso prescinde da violência.

Tudo é serenidade e sequência na evolução.

Aprendamos com a Natureza e adotemos a brandura por diretriz de nossas realizações para a vida mais alta, mas não a brandura que se acomoda  com a inércia, com a perturbação e com o mal e sim aquela que se baseia na paciência construtiva, que trabalha incessantemente e persiste no melhor a fazer, ultrapassando os obstáculos que a ignorância lhe atira à estrada e superando os percalços da luta, a sustentar-se no serviço que não esmorece e na esperança fiel que confia, sem desânimo, na vitória final do bem.  
( De André Luiz,  psicografia de Francisco C.Xavier)




Amor a Si Mesmo

 


 A síntese proposta por Jesus, em torno do amor, é das mais belas psicoterapias que se conhece: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
 Ante a impossibilidade de o homem amar a Deus em plenitude, já que tem dificuldade em conceber o absoluto, realiza o mister, invertendo a ordem do ensinamento,amando-se de início, a fim de desenvolver as aptidões que lhe dormem em latência.
 Esforçando-se para adquirir valores iluminativos a cada momento, cresce na direção do amor ao próximo, decorrência natural do autoamor, já que o outro é extensão dele mesmo.
 Então, finalmente conquista o amor a Deus, em uma transcendência incomparável, na qual o amor predomina em todas as emoções e é o responsável por todos os atos.
 O Espírito Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Franco, apresenta a necessidade primeira de autoamor, como alavanca fundamental para a conquista de todas as esferas desse sentimento supremo.
 Mas, de que forma amar a si mesmo?

 O como a si mesmo, da proposta de Jesus, é um imperativo que não deve ser confundido com o egoísmo, ou o egocentrismo.
 Amar a si mesmo significa respeito e direito à vida, à felicidade que o indivíduo tem e merece.
 Trata-se de um amor preservador da paz, do culto aos hábitos sadios e dos cuidados morais, espirituais e intelectuais para consigo mesmo.
 É sempre estar fazendo as melhores escolhas para si mesmo, vendo-se como Espírito imortal, sem nunca deixar de respeitar, obviamente, o bem comum.
 Quando escolho amar mais minha família, dedicando-me inteiramente aos relacionamentos, cultivando a paciência e a tolerância, estou amando a mim mesmo.
 Quando escolho perdoar e deixar de levar comigo o peso de uma mágoa, estou amando a mim mesmo.
 Quando escolho aprender, buscando aprimoramento intelectual nas áreas do conhecimento de meu interesse, estou me autoamando.
 Quando me aceito como sou e vejo em minhas imperfeições situações temporárias - uma vez que me esforço para corrigir meus erros - estou amando a mim mesmo.
 Quando me dedico, diariamente, ao exame de consciência, à meditação, ao autoconhecimento, estou dando provas de amor a mim mesmo.
 São exemplos de atitudes, de pensamentos e sentimentos que elevam nossa auto-estima - que é este julgamento que fazemos de nós mesmos - e nos empurram sempre para frente, para a felicidade.
 O auto-amor proporciona uma visão mais clara de quem se é, do que se deseja e do que não se deseja para si.
 É através dele que estabelecemos metas para nossa existência: metas educacionais, familiares, sociais, artísticas, econômicas e espirituais, pensando em nós não apenas agora, mas nos cuidados para com o futuro.
 Somos todos importantes. Criaturas únicas no Universo que buscam a felicidade através do aprender a amar: a si, ao outro e a Deus.
 Ame a você mesmo... Enquanto é hoje

Quanto mais



Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.

Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.

Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.

Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.
 

Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis, de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranquilidade em vossos passos.

Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor.
 

Bezerra de Menezes / Francisco Cândido Xavier. In: Caridade

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Diferença entre a Força e Coragem




É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.



É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.

É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.


É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para fazê-lo parar.

É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver.


 

Escutar o coração




Ninguém conhece os mistérios da vida
 nem o seu sentido definitivo.
 No entanto, para aqueles que desejarem acreditar
 em seus sonhos e em si mesmos,
 a vida é uma dádiva preciosa na qual tudo é possível.

E dentro desse mundo de fantasias e magia,
 devemos guiar os nossos passos
 de acordo com a voz do coração.



Esperança, fé e crença em coisas boas
 serão a bússola que nos conduzirá pelos caminhos certos
 na rota da felicidade e do sucesso.

A vida não faz promessas.
 Nós é que determinamos para onde vamos.

A vida não dá garantia.
 Apenas o tempo para fazermos as escolhas
 e aprendermos com os nossos erros.

Se não ouvimos o coração, não crescemos.
 Se não crescemos, a vida perde sentido.

O que ele nos diz é aquilo que prende a atenção
 e a atenção determina o que deve ser feito.
Portanto, vá sempre para onde seu coração deseja
 e jamais contrarie essa vontade.


 

Vitória Final


Aprender não é fácil…
 a frustração tende a se instalar rapidamente.
 Você sofre.
 Sente-se derrotado.
 Você quer desistir abandonar o desafio.
 Você quer ir embora e finge que isso não importa.
 Mas você não vai desistir, porque você não é um perdedor,
 você é um lutador…

As vezes nós temos que perder antes de poder ganhar,
 temos que chorar antes de poder sorrir.
 Temos de sofrer antes de poder ser fortes.
 Mas se você continuar lutando e acreditando,
 você vai conseguir a vitória final.


 

Dê um tempo para Você



Muitas vezes nos queixamos que não temos tempo para nada.
O tempo é um processo administrativo de nossa mente e consciência.
Quando administramos bem o tempo a nossa produtividade
e os resultados aparecem num piscar de olhos.

Saber administrar bem o tempo é saber dar importância
a todos os momentos lindos da sua vida. É dar um tempo para você.

Faça isto a partir de hoje,
dedique um bom tempo só para você.


Faça isto e seja feliz.


 


Nunca desista
 mesmo que a vida
 seja difícil…
 Nunca desista de viver
 seja forte para superar…
 Toda e qualquer situação
nunca desista de ser feliz…
 Existem pedras
 não desista de andar…

Existem barreiras
 não desista de passar…

Existem os nós
 é preciso desatar…
 Existe o desânimo
 é a pior coisa que há…
 A estrada é longa
 não desista de chegar…
 Existe o cansaço
 é preciso caminhar…
Existe a derrota
 você nasceu para ganhar…
 Existe o desamor
 é fundamental amar…..

Nunca Desista
 




As decisões de Deus



Vamos até a montanha onde Deus mora
– comentou um cavaleiro com seu amigo.
- Quero provar que Ele só sabe pedir, e nada faz para aliviar nosso fardo.
- Pois vou para demonstrar a minha fé – disse o outro.
Chegaram à noite no alto do monte –
e escutaram uma Voz na escuridão:
Encham seus cavalos com as pedras do chão
- Viu? – disse o primeiro cavaleiro.
- Depois de tanto subir, ele ainda nos faz carregar com mais peso. Jamais obedecerei!

O segundo cavaleiro fez o que a Voz dizia.
Quando terminaram de descer o monte, a aurora chegou
- e os primeiro raios de sol iluminaram as pedras que o cavaleiro piedoso havia trazido:
eram diamantes puríssimos.

Diz o mestre: As decisões de Deus são misteriosas; mas estão sempre a nosso favor.

(Maktub – Paulo Coelho)


 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Orfandade

Realmente, não há desamparado diante do Senhor, mas há uma espécie de orfandade que nos convoca em toda parte a maiores reflexões, quanto ao dever de amparar a vida que nos cerca.

Referimo-nos às necessidades múltiplas que nos reclamam o esforço e a tolerância na prática efetiva do bem.

Em verdade, será sempre louvável a construção de casas e refúgios, creches e hospitais, onde as crianças sem lar encontrem abrigo e medicação.

Todavia, não olvidemos o mundo das criaturas inferiores e das cousas, aparentemente sem importância, que nos rodela.

Aí, vemos quadros inquietantes que efetivamente nos ensombram e afligem.

Não é somente o painel escuro do irmão em Humanidade, que vagueia sem rumo, a única porta de dor a pedir nos trabalho assistencial.

É também a terra empobrecida, necessitada de adubo e sementeira vivificante.

É a árvore benfeitora, relegada ao abandono.

É a fonte intoxicada, que nos solicita proteção e carinho.

É a casa desmantelada, rogando atenção e limpeza.

É a via pública que nos compete defender e respeitar, pedindo-nos bondade e higiene.

É a animal que nos auxilia, endereçado por nossa inconseqüência ao cansaço, sede e fome, suplicando nos alimento e repouso.

É a ferramenta que sentenciamos à ferrugem e ao esquecimento prejudicial.

A essa orfandade triste, que nos desafia, em todos os setores da luta terrestre, podemos prestar o melhor concurso, — o concurso da bondade silenciosa e diligente, — que nos trará a resposta do progresso e do bem-estar de todos.

Não esquecer que somos responsáveis pela região de serviço que nos sustenta.

Não condenes orfandade os instrumentos de trabalho em que a tua missão na Terra se desenvolve.

Cuida de assistir aos seres e às cousas do próprio caminho, com os mais elevados sentimentos do coração, e receberás a constante assistência da Bondade Divina, — luz da vida a brilhar perenemente no caminho de todos.


 pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Fonte de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.


 

Desiderata



Procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão de sua dignidade.

Fale a sua verdade, clara e mansamente.

Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.

No meio do barulho e da agitação, caminhe tranqüilo, pensando na paz que você pode encontrar no silêncio.

Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.

Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.

Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.

Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja:
ele é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos.

Seja prudente em tudo que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.

Mas não fique cego para o bem que sempre existe.

Há muita gente lutando por nobres causas.

Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.

Seja você mesmo. Sobretudo não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.

Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa.

Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.

Ao lado de uma sadia disciplina, conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui.
E mesmo se você não puder perceber, a terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.

Procure, pois, estar em paz com DEUS, seja qual for o nome que você lhe der.

No meio de seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do ser, a harmonia e a paz.

Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.

Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade.


A FÉ VITORIOSA



Destacava André certas dificuldades na expansão dos novos princípios redentores de que o Mestre se fazia emissário e se referia aos fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à resistência organizada.

Jesus, porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:

— Nenhuma escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos cabe cultivar uns para com os outros.

E talvez porque se manifestasse justificada expectativa em torno dos apólogos que a sua divina palavra sabia tecer, contou, muito calmo:

— Na época da fé selvagem, três homens primitivos com as suas famílias se localizaram em vasta floresta e, findo algum tempo de convívio fraternal, passaram a discutir sobre a natureza do Criador.

Um deles pretendia que o Todo-Poderoso vivia no trovão, outro acreditava que o Pai residisse no vento e o terceiro, que Ele morasse no Sol.

Todos se sentiam filhos dEle, mas queriam à viva força a preponderância individual nos pontos de vista.

Depois de ásperas altercações, guerrearam abertamente.

Um dos três se munira de pesada carga de minério, outro reuniu grande acervo de pedras e o último se ocultara por trás de compacto monte de madeira.

Achas de lenha e rudes calhaus eram as armas do grande conflito.

Invocavam todos a proteção do Supremo Senhor para os seus núcleos familiares e empenhavam-se em luta.

E tamanhas foram as perturbações que espalharam na floresta, prejudicando as árvores e os animais que lhes sofreram a flagelação, que o Todo-Compassivo lhes enviou um anjo amigo.

O mensageiro visitou-lhes o reduto, na forma de um homem vulgar, e, longe de retirar-lhes os instrumentos com que destruíam a vida, afirmou que os patrimônios de que dispunham eram todos preciosos entre si, elucidando-os tão-somente de que necessitavam imprimir nova direção às atividades em curso.

Explicou-lhes que os três estavam certos na crença que alimentavam, porque Deus reside no Sol que sustenta as criaturas, no vento que auxilia a Natureza e no trovão que renova a atmosfera.

E, com muita paciência, esclareceu a todos que o Criador só pode ser honrado pelos homens, através do trabalho digno e proveitoso, ensinando o primeiro a transformar os duros fragmentos de minério em utensílios para o trato da terra, nas ocasiões de sementeira; ao segundo, a converter as achas de lenha em peças valiosas ao bem-estar, e, ao terceiro, a utilizar as pedras comuns na edificação de abrigos confortáveis, acrescentando, em tudo, a boa doutrina do serviço pelo progresso e aperfeiçoamento geral.

Os contendores compreenderam, então, a grandeza da fé vitoriosa pela ação edificante, e a discórdia terminou para sempre...

O Mestre fez pequena pausa e aduziu:

— Em matéria religiosa, cada crente possui razões respeitáveis e detém preciosas possibilidades que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai.

Quando a criatura, porém, guarda a bênção do Céu e nada realiza de bom, em favor dos semelhantes e a benefício de si mesma, assemelha-se ao avarento que se precipita no inferno da sede e da fome, no intuito de esconder, indebitamente, a riqueza que Deus lhe emprestou.

Por isto mesmo, a fé que não ajuda, não instrui e nem consola, não passa de escura vaidade do coração.

Pesado silêncio desceu sobre todos e André baixou os olhos tímidos, para melhor fixar a mensagem de luz.






pelo Espírito Neio Lúcio - Do livro: Jesus no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier.


 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Doar é Amor





Quando nos dispomos à doação, liberamos em nós uma virtude maravilhosa, a Caridade pois é somente através desta virtude que temos a condição de desenvolver em nós o verdadeiro amor que Jesus espera que tenhamos com todos os nossos irmãos.Cada um de nós podemos fazer a nossa parte no Universo, liberando do nosso íntimo a Caridade que está adormecida, podemos reativa-la a qualquer hora e tempo basta apenas uma ação nossa e lá estaremos nós, unidos em um só objetivo o da doação e do amor.Não tem como falar de doação sem amor, porque caminham juntos, estão juntos para que possamos exercitar em nós a Caridade que tanto se fala e que pouco se faz.Tenhamos a disposição em nossa vida de realmente nos doarmos e praticarmos o bem, sempre sem olhar a quem, pois desta forma estaremos melhorando a nossa capacidade de amar ao nosso próximo e assim construir dentro de nós sentimentos que nos elevam.Façamos então a nossa parte, revigorando em nós todas as nossas potencialidades positivas direcionadas ao bem comum e assim estaremos praticando o Amor e a Caridade verdadeiramente em Deus.