“Levanta-te e esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias.”
Emmanuel
É muito importante que estudemos e conversemos sobre ilusões e tentações. No mundo conturbado de hoje, esses males parecem nos sugar para uma área de angústias, como um redemoinho de enganos. Muitos chegam a envolver outras pessoas em suas ilusões e fantasias, o que é um grave desrespeito. O tempo desperdiçado com esse mal poderia ser empregado realizando conquistas verdadeiras na seara do Bem.
A boa notícia é que esse é um caminho do qual há volta, mediante grande esforço pessoal. A reforma moral é urgente.
Para auxiliar-nos com diretrizes para nossa reforma íntima, apresentamos hoje o estudo baseado na mensagem “Tentações”, de Joanna de Ângelis, que pode ser lido a seguir ou baixado
Capítulo 56 da obra “Lampadário Espírita” (Editora FEB), de Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Franco
Tentações
“Alma cansada de lutar e sofrer, carregada e batida pelos ventos tempestuosos da paixão, pára na estrada por onde caminhas aflita, arrima-te, abraçando a árvore da fé, e examina os ouropéis mentirosos que voluteiam em derredor:
a sede do ouro doou-te o espinho cruel da ambição desequilibrada;
a ânsia de guardar beleza enclausurou-te na estrita cela do receio sem-termo;
o desejo da carne amarrou-te à desarmonia da mente, crucificando em madeiro inglório de aflição e dor;
a tormenta do orgulho agasalhou em teu coração serpentes venenosas que te espreiam sem cessar;
a loucura do poder arrojou-te ao despenhadeiro do crime, iludindo-te com a imagem de altura fictícia;
a insanidade dos prazeres, que o comodismo concede, custou-te o preço da saúde e da paz;
a incessante busca da glória efêmera, no palco terreno, expôs-te aos dardos da maldade ultriz que ora te ferem e magoam.
No parque onde brincam a mentira agradável, o ódio sorrateiro, a injúria delicada, a maledicência pertinaz, a hipocrisia sorridente, a vaidade brilhante, também choram a honradez ultrajada, a dignidade ferida, o caráter desrespeitado, o sacrifício humilhado, o dever combatido pelos atores da comédia da ilusão.
A alegria ruidosa sacrifica a harmonia das cordas vocais.
A bondade muito apregoada, anula-se.
Para manutenção da elegância física é necessário o sacrifício de delicados órgãos vitais.
A juventude disfarçada num semblante cansado é água pura à tona e estagnada ao fundo, produzindo envenenamento.
Só no exemplo do Cordeiro de Deus podes manter a inquebrantável harmonia interna que brilhará em ti, refletida.
Ao invés de sucumbires às tentações que espalham espinhos pela senda, retira do madeiro, onde Ele agonizou, a coroa dos testemunhos, põe-na em tua fronte e, embora sofrendo, poderás ser feliz e, carregado de dores, penetrarás no Reino da Alegria Imperecível.
Não temas!
Reflexão
- Quais das situações refletidas no texto estão presentes em nossas vidas atualmente?
- Temos alimentado ilusões, tentado parecer o que não somos?
- Temos envolvido outras pessoas em nossas ilusões, o que é um desrespeito?
- Tendo reconhecido nossos erros, o que podemos fazer para nos livrar daquilo que sabemos fazer mal a nós e aos outros?
- Analisemos as preocupações que temos tido ultimamente: alguma delas se refere a coisas fúteis?
- Que medidas são urgentes para a nossa reforma moral (ocupar a mente, etc.)?
Peçamos o auxílio de Deus para identificar e eliminar as ilusões que alimentamos, a fim de que não desperdicemos a existência presente com frivolidades. Peçamos também o auxílio divino para identificar tudo aquilo por que vale a pena trabalhar.
Prece:
Senhor Deus, que sois Todo bondade e Todo misericórdia, em nome de Jesus pedimos o Vosso auxílio, por intermédio dos Bons Espíritos, para que nos livremos das ilusões deste mundo e possamos buscar o que realmente importa para a verdadeira vida. Ajudai-nos, Senhor, na tarefa do auto-aprimoramento, pois sem a Vossa misericórdia nada somos e nada podemos.
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