fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

sábado, 30 de abril de 2011

O Livro Espírita





O Espírito Albino Teixeira, em mensagem ditada ao médium Francisco Cândido Xavier - constante de “Paz e Renovação”, 9a edição do Ide, Instituto de Difusão Espírita, página 72 -, asseverou, dentre outros conceitos importantes, que o espírita é o companheiro da humanidade que possui tanto anseio de luz que não cessa de estudar, sejam quais forem as circunstâncias. Não foi por outra razão que o Espírito da Verdade preconizou: “Espíritas! Amai-vos; este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo”. É na combinação do amor e do conhecimento que nós avançaremos no rumo certo da evolução. E para que essa mistura encontre a dose certa, o livro espírita é instrumento indispensável.

Ninguém poderá se dizer adepto da Terceira Revelação se não for amigo do livro espírita! Não bastará ter dotes mediúnicos, ver espíritos , dar passes e proferir palestras. É preciso, antes de mais nada, conhecer o Espiritismo. E isso só será possível com a leitura de obras espíritas. Quando Divaldo Pereira Franco, o maior orador espírita da atualidade, começou o exercício da mediunidade, há mais de cinquenta anos, os Espíritos disseram-lhe que ele era médium, mas não era espírita. E Divaldo perguntou aos Benfeitores como então poderia se tornar espírita, ao que Eles responderam, conforme “Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas”, edição da Use - União das Sociedades Espíritas, 2a edição, página 72:

- “A única forma de ser espírita é começar pelo começo: estudar O Livro dos Espíritos”.

O exemplo serve-nos de feliz advertência, porque temos uma certa tendência para falar de assuntos sobre os quais não temos o devido conhecimento. Muitas vezes falamos e escrevemos coisas em nome do Espiritismo e que, na verdade, não encontram na Doutrina o menor fundamento. Outras vezes, por desconhecimento do que se contém nas Obras Básicas da Codificação, semeamos dúvidas sobre questões que já foram explicadas pelos Benfeitores Celestiais. Por exemplo: já ouvi de várias pessoas que o Espiritismo proíbe o consumo de alimentos de origem animal. Aqueles que fazem essa afirmação, desconhecem por completo a resposta à pergunta 723 de O Livro dos Espíritos, esclarecendo a questão.
 Por isso, jamais poderemos nos afastar das obras da Codificação. O médium e escritor Carlos Baccelli, certamente um dos maiores conhecedores da vida de Francisco Cândido Xavier, com quem conviveu por muitos anos, conta-nos em “O Evangelho de Chico Xavier”, Casa Editora Espírita Didier, que, por diversas vezes, quando visitava o Chico em sua casa, surpreendia-o lendo O Evangelho Segundo o Espiritismo e o médium se justificava, dizendo que estava estudando um pouco...

Por isso, a vivência da Doutrina Espírita, ao lado da prática evangélica requer estudo contínuo. Yvonne Pereira, que tanto amou e tão bem serviu à Celeste Doutrina, adverte-nos em “A Luz do Consolador”, 1a edição da Feb - Federação Espírita Brasileira, página 149:

“O estudo fiel e dedicado dos Evangelhos, portanto, e também da Doutrina dos Espíritos, é indispensável àquele que deseje prestar a sua colaboração. Não se aprendem tais noções em um ou dois anos, ou apenas por meio de intuições ou, ainda, por ouvir falar a seu respeito. São aquisições difíceis, que requerem perseverança e muito amor, humildade e raciocínio isento de personalismos e conveniências. Há, sim, sutilezas importantes, detalhes significativos, dos quais somente após algum tempo de dedicação nos poderemos apossar. Teremos que nos renovar para a Doutrina: aprimorar nossa moral, educar a mente e o coração, mas jamais deturpá-la com as nossas opiniões pessoais, sempre prejudicadas”.

O livro espírita, é, portanto, um farol a iluminar o nosso caminho. Mas também é um tesouro de alto valor que não pode ser ocultado das criaturas. Retê-lo, segundo o Espírito Marcelo Ribeiro, em “Terapêutica de Emergência”, Leal Editora, página 163, psicografia de Divaldo Pereira Franco, constitui crime de avareza, considerando-se a fome de luz de que padecem as criaturas.


Por isso, a Casa Espírita deve ter como tarefa primordial a divulgação do livro espírita, porquanto devemos fazer do Centro Espírita uma verdadeira escola. Não a escola acadêmica, com notas e faltas, reprovações e diplomas, mas a escola de almas e de sentimentos, a escola que promove o estudo e o autoconhecimento. Nada no Centro Espírita pode ser mais importante do que a própria Doutrina. Não compreendemos, por isso, a existência de bibliotecas e livrarias espíritas trancadas a cadeado! Não podemos admitir dirigentes que vetam a divulgação do livro espírita nos trabalhos assistenciais, sob a infeliz e falsa preocupação de que não deve se praticar o comércio na Casa Espírita. Esses mesmos dirigentes, porém, promovem - em seguida - bingos, rifas e loterias. Onde a coerência? Quem, de fato, pratica o comércio? Quando vendemos um livro espírita estamos distribuindo luz, consolo e esclarecimento. E o que há de tão pecaminoso em reverter o lucro (pequeno, por sinal), que se tem com a venda do livro para a manutenção da Casa Espírita? Por acaso o Centro vive só de vibrações? Por acaso não se pagam impostos? Não se pagam taxas de consumo de água e luz? E as reformas da casa? A limpeza? Que mal há em custear essas despesas com a venda de livros espíritas?

Por outro lado, não creio ser verdadeira a justificativa de que o povo não gosta de ler, por isso não compra livros. Acredito que o problema é de incentivo à leitura, de falar do livro espírita de forma agradável e positiva, de abrir as salas do centro para a leitura, de tirar o pó dos livros, de quebrar os cadeados do tesouro que temos em nossas mãos, de colocar o livro na rua, nas praças públicas, nos presídios, nos hospitais e nas mãos das nossas crianças e jovens. Precisamos levar o livro espírita para fora dos limites do centro espírita. Há pessoas que desenvolvem trabalhos maravilhosos nesse sentido, como aquele que me contou uma senhora do Rio Grande do Sul, após uma palestra que proferi naquele estado. Ela narrou-me que resolveu comprar livros espíritas com a ajuda financeira de amigas e os distribui nas ruas, hospitais, locais de prostituição, presídios; deixa-os, deliberadamente, em praças públicas, bancos de ônibus, residências, etc. Ela é uma semeadora de luz, promovendo o livro espírita.



Nunca esquecer, todavia, que temos um ponto de partida: as Obras Básicas da Codificação, pois sem elas o Espiritismo não cumpriria com os superiores objetivos para os quais o Cristo o enviou. Esse marco inicial não pode ser desprezado por todos aqueles que desejam conhecer o Espiritismo e, muito menos, por aqueles que desejam divulgá-lo. Gosto de um pensamento de Butler, um escritor inglês do século passado:

“Os livros mais velhos, para quem não os leu, acabam de ser publicados”.

Há muito por fazer pelo livro espírita. É chegada a hora da tão sonhada unificação dos espíritas. Por que não começá-la pelo livro espírita? Por que não desenvolvemos campanhas conjuntas de incentivo à leitura das obras espíritas básicas? Por que não unir editoras, escritores, divulgadores do livro e expositores em torno da divulgação do pensamento espírita por intermédio do livro? O livro espírita poderá ser o nosso elo de união e a mola propulsora da expansão da Celeste Doutrina. O mundo está faminto de luz, tanto quanto há milhares de pessoas morrendo de fome. Seremos responsáveis pela inanição espiritual das criaturas se não soubermos valorizar os livros espíritas. Não se põe a candeia debaixo da cama, da mesma forma que não se põe o livro, lamparina de luz, trancado nas prateleiras da nossa indiferença. Somos responsáveis por isso. A Espiritualidade Superior se desdobra em esforços contínuos para que a luz do conhecimento e da esperança atinjam o maior número possível de pessoas. Devemos ser, na qualidade de médiuns, capazes de ampliar esse esforço celeste de alimentar as criaturas sedentas de iluminação e paz.

Vamos finalizar com uma indagação:

O que eu poderia fazer para promover o livro espírita?

Para responder essa questão, lembremo-nos da canção:

“quem sabe faz a hora, não espera acontecer...”.
 

JOSÉ CARLOS DE LUCCA é juiz de direito, professor universitário, orador e escritor espírita, autor dos livros “Sem medo de ser feliz” (mais de 60 mil exemplares editados), e “Justiça além da vida”. É membro fundador e representante, em São Paulo, da Abrame - Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas e da Udesp - União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo, é colaborador da Casa Transitória Fabiano de Cristo e da Feesp - Federação Espírita do Estado de São Paulo

José Carlos de Lucca em O Livro Espírita.


Escolhas




É possível te admires das alterações que, por vezes, te desafiam o entendimento nas criaturas amadas.

Aqui determinada jovem terá sido preparada, com vistas a encargos artísticos, pelo carinho doméstico, no entanto, terá preferido os serviços de culinária, tão dignos de consideração quanto à musica.

Além, certo rapaz, a quem se ofertou condições positivas para o destaque na ciência, se aconchegou, de inesperado, aos labores do campo.

Assim ocorre na vida sentimental.

Se tens o ânimo defrontado por essa espécie de surpresa, enuncia com bondade o teu diverso ponto de vista. Entretando, ainda mesmo nos casos em que a escolha dos entes queridos se incline para estradas claramente inferiores, compadece-te e não violentes a confiança daqueles que a Divina Providência te confiou.

Não estraçalhes o nó afetivo nessa ou naquela alma que te desfruta a convivência, porque a Sabedoria da Vida saberá como e quando desatá-lo.

Nem todos te possuem a compreensão amadurecida, tanto quanto nem todos vieram ao mundo para a liderança espiritual ou para o amanho do solo.

Aceita os outros, tais quais são, sem o propósito de modificá-los, a menos que se encontrem na condição da criança que se ergue por argila de Deus em tuas mãos.

Cada criatura caminha na direção das experiências de que se reconhece necessitada.

Ampara-os, sem exigência, para que os teus sentimentos não se tisnem com a dor ou com a revolta, por vezes, imanifestas de quantos se arrastam sob as correntes invisíveis dessa ou daquela imposição.

Ama somente, agindo e servindo para o bem, porque todo coração que verdadeiramente ama, pelas leis do destino, alcançará a colheita do amor que semeia, em plenitude de união e de alegria sem fim.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Criãnças do sec 21



As crianças de hoje surpreendem pela sua incrível capacidade de lidar com engenhocas tecnológicas. Assustam adultos de mais de trinta anos que sentem algum desconforto frente ao computador, a botões e máquinas eletrônicas sofisticadas.

Os garotos da atualidade assistem em tempo real ao que ocorre em locais distantes de onde se encontram e estão habituados a conquistas científicas.

Tudo isto leva pais a se considerarem ultrapassados, endeusando os filhos ou considerando-os verdadeiros gênios.

Por mais que ajam com certa autonomia, as crianças de hoje, como as de ontem, têm necessidade dos adultos para lhes dizer o que fazer e o que não fazer.

Os pequenos gênios fazem birra, esperneiam e até fazem greve para conseguirem o que desejam.

Precisam de um "chega" que interrompa sua diversão com o game quando a hora é a da refeição, do banho ou da escola. Necessitam receber "não" para regular a sua rotina e sua saúde.

Precisam de disciplina. E disciplina se faz com limites. É um erro tratar as crianças simplesmente como cérebros ansiosos por mais e mais conhecimentos.

Elas necessitam de experiências afetivas, motivo pelo qual não podem dispensar as brincadeiras com outras crianças.

Assim como elas precisam de limites, necessitam dos conflitos com seus amiguinhos para aprenderem a se relacionar com pessoas e coisas.

Alguns estudos mais recentes sobre o aprendizado indicam que se deve pensar em conteúdos intelectuais somente depois dos sete anos, quando as crianças consolidam sua estrutura neurológica, que as capacita a operar certas informações.

O desenvolvimento emocional deve vir antes do intelectual.

Proceder de forma contrária, pode causar problemas como o desinteresse pelos estudos, com o passar dos anos.

O mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar o semelhante, de reconhecer as diferenças, de pensar, muito mais do que de gênios sem moral, frios e calculistas.

A ciência, sem sentimento, tem causado males e tragédias.

Preocupemo-nos, pois, em atender a busca afetiva dos nossos filhos.

Permitamos que eles convivam com outras crianças, que criem brincadeiras, usando a sua criatividade.

Busquemos ensinar-lhes, através da experiência diária, os benefícios do afeto verdadeiro, abraçando-os, beijando-os, valorizando seus pequenos gestos, ouvindo-os com atenção.

A criança aprende o que vivência. O lar é a primeira e fundamental escola. É nele que se forma o homem de bem que ampliará os horizontes do amor, nos dias futuros, ou o tirano genioso que pensa que o mundo deve girar ao seu redor e somente por sua causa.

Você sabia?

Que mesmo a criança considerada um gênio precisa de cuidados elementares para crescer emocionalmente?

Que para se tornar, de fato, uma pessoa com capacidade de criar, produzir e desfrutar junto com os outros, a criança precisa de afeto?

As crianças de hoje não amadurecem emocionalmente mais rápido do que as de antigamente.

Mas, apesar disso, elas continuam a ter medo do desconhecido, a se alegrarem com pequenas coisas, a se sentirem, infinitamente tristes pela perda de um animal de estimação.

São todas experiências importantes para a formação e o aprendizado emocional do ser humano, devendo ser valorizadas em todos os seus detalhes.


 

Modelo Iniguálavel



Foi aguardado por séculos e proclamada Sua chegada por homens de vários povos. Os sábios consultavam as estrelas, à espera de um sinal.

Chegou em uma noite quase fria, Aquele que fora anunciado pelos antigos profetas. Desde o berço lecionou humildade sem temer, contudo, dizer-Se o Mestre e incentivar a que Lhe imitássemos os feitos.

Escolheu as paisagens verdejantes e as montanhas para entoar Seus hinos de nobreza, como jamais foram modulados na Terra, de tal forma que ninguém, em época alguma, conseguiu abafar.

Alimentou-Se mais da prece, do contato íntimo com o Pai do que do repasto material.

Dispondo de recursos inimagináveis, preferiu a simplicidade para manifestar a Sua presença entre os homens e contagiar os que O cercavam.

Servindo-Se das expressões comuns e de fatos por todos conhecidos, deu vitalidade a Suas palavras que atravessaram os séculos e permanecem úteis para o homem que aguarda uma nova aurora.

Com capacidade para arregimentar exércitos de servidores, escolheu somente 12 companheiros, e os honrou com o trabalho de implantar o Reino dos Céus, na intimidade das criaturas.

É Jesus, Esse Divino Sol.

Viveu cercado pela maldade de muitos e experimentou as agressões dos astuciosos, sempre puro, servindo ao Pai.

Diante dos grandes da Terra não Se apequenou e ao lado dos pequenos não os ofuscou com Sua grandeza. Ao contrário, os chamou amigos e irmãos.

Por ser o amor a fonte da vida, Ele amou sem cessar.

Não lamentou a prisão, não Se queixou dos maus tratos. Nada pediu. Foi traído e perdoou. Abandonado por aqueles mesmos a quem beneficiara e a quem concedera a Sua amizade mais profunda, não reclamou e entregou-Se ao Pai.

Depois de todas as aflições experimentadas, o Seu primeiro gesto, após a morte, foi buscar os amigos, ansiosos, saudosos, para lhes lecionar a Imortalidade e amparar seus corações.

Sua mensagem de fraternidade igualou os homens, cujas diferenças se encontram somente nas conquistas do Espírito imortal.

Dignificou a mulher, retirando-a da escravidão que padecia.

Abraçou a criança e a elegeu como símbolo de pureza.

A viuvez e a dor receberam dele o bálsamo da alegria, do alento.

Com Seus ditos e Seus feitos inaugurou a Nova Era com vistas a um futuro melhor.

Embora muitos ainda o aguardem, no tempo, Ele já veio e permanece no leme, direcionando todos aqueles que, sensibilizados por Sua mensagem, se decidem a consolar os seus irmãos, consolidando na face do planeta as bases para o Reino ditoso que almejamos.

* * *
Jesus nasceu durante o reinado de César Augusto.

Esse imperador era um idealista e o seu período de governo ficou conhecido como o período áureo, pois ele estimulou a filosofia, a literatura e as artes.

O mundo de então era uma imensa caldeira de aflições.

Por isso veio Jesus: para ser o Guia, o Norte, o amparo de todos quantos desejassem aceitar o Seu convite de paz e renovação.

 

O Poder da Doçura



O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.



Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.



O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.



A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.



Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.



De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913:



Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.



* * *



Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.



E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante.



Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo.



E conseguem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.



Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras.



Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia. Tomou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá.



Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações.



Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação.



Não gritou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres.



Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações. Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.



* * *



Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...



Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz.



Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!








O Minuto



A conduta indica a orientação espiritual da criatura.

Surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um.

Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante.

Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.

O caminho é infinito.

Quem estabelece a rota da viagem é o viajor.

Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.

Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor.

Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.

Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.

Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho.

Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.

Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la.

A hora perdida é lapso irreparável.

Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida.

Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela.

Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.

Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos.

Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes.

Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites.

Distribui os frutos da inteligência.

Colabora nas tarefas edificantes.

Estende a solidariedade a benefício de todos.

Fortalece o ânimo dos companheiros.

Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor.

O manancial do bem não tem fundo.

A paz coroa o serviço.

E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.

 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lição

                               Cristo ensinou a paciência e a tolerância,
Mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão, foi à cruz e legou o último testemunho de não-violência, mas também de não-acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.
(Emmanuel. Livro “Palavras de Emmanuel” - Ed. FEB)

                                                                                                         

terça-feira, 19 de abril de 2011

Depois da Morte do Corpo:


Depois da Morte do Corpo


A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade.
A opinião caridosa que formulamos acerca dos outros converter-se-à em recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame de nossos erros.
O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio.
O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-à farta colheita de alegria.

Mas, igualmente, além do túmulo:

A maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos dilacerações de ordem mental.
A nossa indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada desoladora.
A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.
A nossa possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a constante repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas, compelindo-nos à demora em escuras paisagens purgatoriais.


* * *

A morte é o retrato da vida.
A verdade revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando, sustentando e movimentando no campo da existência.
Se desejas alegria e tranquilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia, enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da ascensão espiritual.
Hoje - plantação, segundo a nossa vontade.
Amanhã - seara, conforme a Lei.

Se agora cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.
Se, porém, semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos, indiscutivelmente, mais tarde, penetraremos a luz e a beleza da imortalidade vitoriosa.
(Do livro “Plantão de Paz” -Emmanuel , Chico Xavier)

 

Ante os testemunhos



Ante os Testemunhos



Segundo o Evangelho, na iminência de Seu martírio, Jesus dirigiu-Se ao Getsêmani com os discípulos.

Acompanhado de três deles, afastou-Se um pouco para orar.

Declarou-Se triste, pediu que vigiassem com Ele e orou.

Absolutamente tudo o que Jesus fez durante Sua jornada terrena é pleno de significados.

Ele é o Modelo e Guia dado por Deus à Humanidade.

Forte como nenhum homem jamais o foi, por Suas virtudes, mas ainda assim sujeito às intempéries da vida terrena.

Em face do grande testemunho que se avizinhava, esse Homem Superior lançou mão de duas providências.

Primeiro, cercou-Se de Seus amigos queridos e partilhou com eles Suas angústias.

Segundo, entrou em contato com a Divindade por meio da oração.

No mundo, o homem está sempre às voltas com testemunhos.

Em sua fragilidade, a cada instante é colocado à prova.

Diferente de Jesus, pleno de pureza, bondade e sabedoria, o homem comum está sujeito às tentações e às dúvidas.

Frequentemente se indaga a respeito de qual o melhor caminho a seguir.

Hesita, sente-se fraco e teme não conseguir vencer as provações.

Mesmo quando decidido, às vezes fraqueja ao colocar em prática suas boas resoluções.

Essencialmente frágil, o ser humano não se debate apenas com dificuldades pontuais.

Diariamente, ele corre o risco de cometer pequenos e desnecessários equívocos.

Não se trata de pintar um quadro desanimador, mas de ser realista.

O bem é sempre possível e ele invariavelmente ilumina e pacifica.

Apenas, por vezes, as tentações do mundo se apresentam bastante sedutoras.

Nesse contexto, convém recordar o sábio exemplo de Jesus.

Em Sua grandeza, Ele não abdicou de dois sublimes recursos: a oração e a amizade.

A oração coloca o homem em ligação com o Divino.

Faculta que ele receba salutares inspirações e se fortifique.

O hábito de orar constitui um eficiente antídoto contra as loucuras do mundo.

Mas, nessa busca do Alto, importa não esquecer os companheiros de jornada.

As amizades sinceras aquecem o coração e reduzem as carências e fragilidades.

É importante aprender a partilhar as próprias dificuldades e sonhos com algumas pessoas de confiança.

Esse processo de narrar os conflitos íntimos a Deus e ao próximo faculta o autoconhecimento.

Se algo parecer muito vergonhoso para ser partilhado com um amigo querido, é porque jamais deve ser colocado em prática.

Assim, ante seus testemunhos diários, ligue-se a Deus e a seus amigos.

Trata-se de uma valiosa estratégia para que vença a si mesmo e caminhe firme em direção ao alto.

Pense nisso.

 

Aos Espíritas



Nós espíritas devemos nos atentar mais aos atributos da Consciência. Partícula mais íntima de nossa realidade integral, a Consciência é nosso verdadeiro eu - o ‘self’ da Psicologia Transpessoal, nossa verdadeira identidade como espíritos eternos criados por Deus.
A Consciência é, ao mesmo tempo, o início e o fim da nossa identidade espiritual. É nela que estão escritas, de forma indelével, as Leis de Deus, eternas, imutáveis, inexauríveis, como está sentenciado pelos Luminares da Codificação, na resposta número 621 de O Livro dos Espíritos, resposta essa dada ao professor Allan Kardec.
Nós que estamos na casa espírita diariamente, nos esforçando para superar um passado de débitos e construir um futuro de reequilíbrio, colaborando com os propósitos de Jesus, precisamos parar para analisar o que somos de fato. Tentar entender onde está a “pedrinha do nosso sapato”, identificar vícios e virtudes, buscando a superação do primeiro e a dilatação do segundo.
Léon Denis, na magistral obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, livro que em 2009 completou exatos 90 anos de publicação, descortina, em nosso benefício, mais informações sobre a questão da consciência. “A alma é uma emanação, uma partícula do Absoluto”, leciona o filósofo. “Suas vidas têm por objetivo a manifestação cada vez mais grandiosa do que nela há de divino, o aumento do domínio de seus sentidos e energias latentes”.
Para Denis, a ampliação da Consciência pode ser alcançada por processos como a meditação, o conhecimento da Ciência, o trabalho e o exercício da moral. Mas a melhor forma de expansão consciencial é mesmo utilizar todos esses modos de aplicação, juntamente do que Denis considera o mais eficaz: o exame íntimo, a firme vontade de melhorar nossa união com Deus e o desapego das coisas materiais.
Esse processo de auto-análise, tão necessário aos espíritas nos dias contemporâneos, é o que Victor Hugo chava de “olhar o exterior dentro de nós”, ou ainda, inclinarmo-nos sobre “este poço, o nosso espírito”.
Temos que entender, novamente corroborando com Léon Denis, que nossa origem e participação na Natureza Divina, já que somos filhos de Deus, espíritos eternos, explica necessidades que temos na condição de espíritos em evolução - necessidade de infinito, de justiça, de luz, de sondar todos os mistérios, de estancar nossa sede espiritual.
Quantas vezes nos flagramos cabisbaixos ou mesmo às raias de uma depressão, ou de um processo íntimo de desvalorização - por vezes motivados por atuação de obsessores - simplesmente pelo fato de nos depararmos com crises de culpa, sentimentos conflituosos, ansiedade ou autopunição. O fato é que queremos realmente “nos santificar” do dia para a noite. E isso não deixa de ser um atavismo oriundo de nossas concepções religiosas anteriores, que de fato prometiam esta “santificação”, ao externar a premissa “pare de sofrer”, como se o processo do sofrimento pudesse ser extinto por uma “borracha mágica” da divindade, que nos aliviaria de nossos fardos simplesmente por aceitarmos a mensagem cristã. Mas sabemos que não é assim.
Não há “santificação” no processo da maturidade espírita. Deve haver esforço individual, gradual e por certo lento (devido ao nosso livre-arbítrio), para melhorarmos a pouco e pouco. Mas devemos ter a certeza irrefreável que a Consciência, nosso ‘self’, eu mais profundo, está intrinsecamente em nós, e nela, as Leis de Deus. “Sob a superfície do ‘eu’, superfície agitada pelos desejos, esperanças e temores, está o santuário que encerra a Consciência integral, calma, pacífica, serena, princípio da Sabedoria e da Razão, de que a maior parte dos homens só tem conhecimento por surdas impulsões ou vagos reflexos entrevistos”, diz Léon Denis. E se temos um santuário interior, que aloja nossa Consciência, isso é tão somente o cumprimento da assertiva de  Jesus Cristo, quando ele afirmou que “o Reino de Deus está dentro de nós”.
"Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual:
 os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza."
Allan Kardec



Interação Espírito e Matéria




Interação Espírito e  Matéria

O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros.

Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram.

Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.

Determinadas emoções fortes - medo, cólera, agressividade, ciúme - provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais. Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento
da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.

A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão... Assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando
os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.

Conscientizar-se desta realidade é despertar para a valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.

Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não
disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais.

A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.

As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras
que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.

É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no
autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.

De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.

Essa seleção de objetivos dilui a ilusão - miragem
perturbadora elaborada pelo ego - e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.

Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.

A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação.

Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres
físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.

Quando mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de
livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.

O pensamento salutar e edificante flui pela corrente
sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.

Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos degeneram, dando origem a
tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.

Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica,
por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.

Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.

O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo,
perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.

Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam
como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse
do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã - geradora da ansiedade - do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.

O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o
organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais...

Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição...

O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.

A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém
jamais sai da vida.

Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos,
que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.

Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam,
segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.

Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: - A cada um será dado segundo as suas obras.

Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.

Joanna de Ângelis,Divaldo Franco

Prevenções

Prevenções

No capítulo dos sofrimentos voluntários, se somássemos os problemas, conflitos, obstáculos e tribulações decorrentes da prevenção que alimentamos habitualmente contra aquilo que os nossos irmãos estejam pensando ou poderiam pensar, decerto que chegaríamos a conclusões espantosas acerca de aflição desnecessária e tempo perdido

Oponhamos o bem ao mal e deixemos aos outros a faculdade de serem eles mesmos.

Esse amigo ter-nos-á omitido o nome para determinada manifestação de alegria...

Outro companheiro nos haverá negado a saudação que lhe endereçamos com frase amistosa...

Pessoa querida passou indiferentemente por nós com o semblante carregado de preocupação ou azedume...

Certo colega terá erguido demasiadamente a voz, ferindo-os a sensibilidade, por bagatelas...

E caímos nos excessos de imaginação, fantasiando ofensas que não existem.

Aprendamos a considerar quem tanto quanto nos acontece, os outros também podem sofrer lapsos da memória, contrariedades imanifestas, inquietações e doenças.

E lembremo-nos: toda vez que descambamos para semelhantes desequilíbrios, somos igualmente capazes de esquecer ou ferir, sem participação de nossa vontade.

Evitemos a prevenção no cotidiano, a fim de que a nossa vida encontre o máximo de rendimento no bem.

Confiança em Deus.
Consciência tranqüila.
Dever cumprido.
Trabalho à frente.

E, fazendo todo o bem que se nos faça possível, por todos os modos justos, em todas as ocasiões, com todos os recursos ao nosso alcance e para com todas as criaturas, nunca nos previnamos contra quem quer que seja, porque os pensamentos dos outros pertencem a eles e não a nós.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pensai Nas Coisas Que São de Cima


Nosso espírito residirá onde projetarmos nossos
pensamentos, alicerces vivos do bem e do mal.
Por isto mesmo, dizia São Paulo, sabiamente:
- “pensai nas coisas que são de cima.”
(Emmanuel. Livro “Palavras de Emmanuel”
- Ed. FEB)

Oração de São Francisco de Assis



Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia, que eu leve a união.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.




Sermão da Montanha



Sermão da Montanha


“Se toda a literatura ocidental se perdesse e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada se teria perdido” (Mahatma Gandhi)

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.Bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a face e Deus.

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentirem, dizendo todo mal contra vós por minha causa.

Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

(Jesus, o Cristo)


 

Deus Aguarda


Deus Aguarda




Nunca se creias inútil.

O Caminho para a Vida Superior começa na prestação de serviço aos outros. E as Leis de Deus não te conservariam onde te encontras, se ai não tivessem necessidade de ti.

Reflete e reconheceras que todos os seres, ao redor de teus passos, algo esperam que os mantenha e auxilie.

Erguendo-te, cada manhã, observa e perceberás que todos aqueles que se te associam ao grupo doméstico, aguardam o teu sorriso ou a tua frase encorajadora, nos quais se nutram de equilíbrio para mais um dia de trabalho e de esperança.

Nas tarefas em que te vejas, os companheiros te rogam cooperação.

Na rua, os transeuntes te pedem paciência em que se te expressem o entendimento e a bondade.

E a lista das requisições prossegue aumentando...

O Irmão da experiência comunitária te reclama simpatia, os necessitados aguardam pelo socorro que se te faça possível; o animal te esmola proteção, a planta te requisita respeito, a fonte espera lhe faças a preservação e a defesa, o ambiente em que vives conta contigo, na execução dos próprios deveres, a fim de que a paz felicite a vida de todos... E se estiveres de pensamento acordado, ante os princípios do Bem Eterno, compreenderas, em todas as situações e em todos os lugares, que Deus necessite de tua colaboração e espera por ti.

sábado, 16 de abril de 2011

A Presença do Amor




A Presença do Amor  
 Joanna de Ângelis
 






O amor — alma da vida — é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.
Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.
No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.
Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.
Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.
Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.
Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.
Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.
Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem.
A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Viver e Amar

 

Mensagem de São Francisco de Assis




O Calvário do Mestre não se constituía tão somente de secura e aspereza...

Do monte pedregoso e triste jorravam fontes de água viva que dessedentaram a alma dos séculos.

E as flores que desabrochavam no entendimento do ladrão e na angústia das mulheres de Jerusalém atravessaram o tempo, transformando-se em frutos abençoados de alegria no celeiro das nações.

Colhe as rosas do caminho no espinheiro dos testemunhos...

Entesoura as moedas invisíveis do amor no templo do coração...

Retempera o ânimo varonil, em contato com o rocio divino da gratidão e da bondade!...

Entretanto, não te detenhas. Caminha!....

É necessário ascender.

Indispensável o roteiro da elevação, com o sacrifício pessoal por norma de todos os instantes.

Lembra-te, Ele era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu. Mas erguido, em plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se em Eterna Ressurreição.

Não temos outra diretriz senão a de sempre:

Descer auxiliando para subir com a exaltação do Senhor.

Dar tudo para receber com abundância.

Nada pedir para nosso Eu exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso NÓS da vida imortal.

Ser a concórdia para a separação.

Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o orgulho, bênção para a maldição..

Ama sempre.

É pela graça do amor que o Mestre persiste conosco, os mendigos dos milênios derramando a claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do sofrimento.

Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta.

A voz Dele ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que as tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.

O rebanho aflito e atormentado clama por refúgio e segurança.

Que será da antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que espreita os movimentos do céu para a defesa do aprisco?

É necessário que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que os rumos da libertação decisiva sejam traçados.

A inteligência sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras e terrificantes do abismo.

O cérebro sublimado não encontra socorro no coração embrutecido.

A cultura transviada da época em que jornadeamos, relegada à aflição ameaça todos os serviços da Boa Nova, em seus mais íntimos fundamentos.

Pavorosas ruínas fumegarão, por certo, sobre os palácios faustosos da humana grandeza, carente de humanidade, e o vento frio da desilusão soprará, de rijo, sobre os castelos mortos da dominação que, desvairada, se exibe sem cogitar dos interesses imperecíveis e supremos do espírito.

É imprescindível a ascensão.

A luz verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a senda redentora que as gerações enganadas esqueceram. Refaz as energias exauridas e volta ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.

O trabalhador fiel persevera na luta santificante até o fim.

O farol no oceano irado é sempre uma estrela em solidão. Ilumina a estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou.

Avança.... Avancemos...

Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor é o Cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do Terceiro Milênio.

Certamente, o apostolado é tudo. A tarefa transcende o quadro de nossa compreensão.

Não exijamos esclarecimentos.

Procuremos servir.

Cabe-nos apenas obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma flagelada do mundo.

Segue, pois, o amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor incessante pela vitória final.

O Evangelho é o nosso Código Eterno.

Jesus é o nosso Mestre Imperecível.

Agora é ainda a noite que se rasga em trovões e sombras, amedrontando, vergastando, torturando, destruindo...

Todavia, Cristo reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar


Esta Mensagem foi psicografada por Francisco Cândido Xavier dirigida a Pietro Ubaldi, em 17 de agosto de 1951, na residência de Dr. Rômulo Joviano em Pedro Leopoldo, MG, na presença de doze pessoas, ao mesmo tempo em que, sentado à mesma mesa, Pietro Ubaldi recebia mais uma mensagem canalizada de Jesus Cristo.
 

Lições do Silêncio



 Lições do Silêncio




-  Que você vai fazer em Uberaba, se o Chico está quase sem voz nestes dias,
 indagou-me um amigo
- Vou aprender alguma coisa com o silêncio dele.
Não é só com palavras que o Chico nos ensina.
Cada atitude dele também é um ensinamento.
(do livro Momentos com Chico Xavier, de Adelina da Silveira)