fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sexo, Espiritualidade e Espiritismo -



 Abordando Masturbação e Homosexualidade.
À luz da Doutrina Espírita, a evolução da humanidade como um todo, levando nosso mundo para o plano de mundos regenerados, exige a erradicação dos grandes problemas que no momento constituem obstáculo à transição no campo do progresso. Regeneração virá quando a humanidade – no que diz respeito ao uso das forças sexuais –, conseguir direcioná–las para as realizações edificantes do ponto de vista espiritual, estabelecendo através de relações monogâmicas a atividade sexual, do ponto de vista biológico, fundamentada na sintonia entre os sentimentos mútuos daqueles que se unem para uma vida comum.

A regeneração virá quando o direcionamento das forças sexuais, à luz dos princípios espíritas, eliminar do nosso plano de vida a prostituição – o que não depende somente das prostitutas, mas principalmente daqueles que delas se utilizam como se fossem as depositárias de suas paixões inferiores que não conseguem governar.
A regeneração face ao sexo virá quando o ser humano vir nas crianças os Espíritos Encarnados – que realmente são -, que são colocados no nosso caminho não para seus corpos físicos serem usados na exploração sexual, mas para que se direcionem seus caminhos para a educação do Espírito, visando ao exercício das suas faculdades na construção da sua felicidade.

A masturbação exerce algum papel sob o ponto de vista espiritual?
A masturbação, vista no passado como ‘pecado’, gerando até em pessoas do sexo masculino “cintos” para evitar a prática, tem na atualidade uma visão diferenciada. Segundo os especialistas, é a forma de sexo mais praticada no mundo por homens e mulheres. Do ponto de vista espiritual, e por ignorância, citam-se processos de obsessão, com o que não concordamos absolutamente, por se tratar de manifestação da ‘fantasia’ que trazemos na memória.
O fato é que em todas as manifestações do sexo – a própria ciência conclui -, o processo se inicia no cérebro – para nós, no Espírito – até se manifestar nos órgãos sexuais, e as formas do sexo.
A masturbação hoje é vista como forma de libertação de partículas orgânicas que, se não liberadas, podem até trazer prejuízos à saúde.
Como forma de sexo, cabem as mesmas regras para o sexo em geral, que são controle e equilíbrio na sua prática para que não se transforme em vício, gerando dispersão da força criadora espiritual.

Qual é o papel da homossexualidade – masculina e feminina – neste quadro de desenvolvimento espiritual?
Em matéria de preconceito, inicialmente, cumpre-se estabelecer sua definição, que consiste em opinião ou conceito formado antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. É também julgamento ou opinião sem levar em conta argumentos contrários.
O preconceito manifesta-se na sociedade contemporânea sob diversas faces, entre elas as citadas em interessante obra “12 Faces do Preconceito”, de autores diversos, abordando mulheres, raças, idosos, obesidade, baixa estatura, anti-semitismo, deficientes, migrantes e, entre eles, preconceitos relacionados com sexo.
Geralmente, os preconceitos têm origem na nossa ignorância sobre a diversidade característica de um mundo de provas e expiações como o nosso. No nosso atual estágio de progresso, a diversidade gera diferenças de corpos, situações sociais, econômicas, regionais etc., tendo em vista as diferenças que existem em relação a graus evolutivos entre espíritos que formam nossa humanidade espiritual.
A igualdade se manifesta no processo da criação e as diferenças decorrem das várias fases do nosso progresso até que, em estágios de maior evolução, a semelhança entre espíritos acentua-se gradativamente pelo entendimento das Leis de Divinas e consciência da necessidade de seu cumprimento, estabelecendo uma rota única através do universo.
Preconceitos geram dor, sofrimento e reencarnações compulsórias em grupos de minoria, vítimas no passado da nossa ignorância, gerando a necessidade de educação e desenvolvimento da eqüidade nas relações humanas em geral.
Diante de nossos semelhantes é forçoso admitir que não somos todos iguais, seja em relação ao Espírito, seja em relação à matéria. Entretanto, eqüidade significa essencialmente que, respeitadas as diferenças que existem entre os seres humanos, todos temos direitos iguais.
Na visão espírita, a sexualidade assume dimensões universais, pois caracteriza a energia sexual como sendo a base de criação do Espírito em todos os planos da vida. Observamos presentes, na criança e no jovem, os sentimentos homofóbicos que geram perseguições e violência contra homossexuais e prostitutas, o que não se justifica a não ser pela nossa ausência de conhecimento.
A ciência, em geral, busca explicações sobre a homossexualidade, sem encontrá–las seja na genética, na sociologia ou na psicologia.
Em relação à diversidade, é fundamental compreender o relacionamento com pessoas que sentem, pensam e se comportam de maneiras diversas das nossas, o que não significa que estejamos certos e as demais pessoas, erradas. Há sempre acertos e erros.
Nos comportamentos diferenciados em relação ao sexo, lembremos a lição extraordinária de Emmanuel, convidando-nos a não “atirarmos a primeira pedra...”, pois “... não dispomos de recursos para examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria a Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão” (Vida e Sexo, Emmanuel).
O homossexualismo, longe de ser uma aberração, é uma forma de lapidação para o Espírito que se encontra incurso em determinado ângulo de reparação evolutiva da mesma.
A qualidade de vida de pessoas que vivem em grupos minoritários vai depender basicamente da educação dos grupos de maioria. Em matéria de homossexualismo, podemos dizer que a qualidade de vida dos homossexuais depende da educação dos heterossexuais.
Aos Espíritas cabe negar os preconceitos sem medo. André Luiz, em “Sexo e Destino”, esclarece que: “... no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade no mesmo nível de dignidade humana...” Alerta que se trata de “erro lamentável supor que só a perfeita normalidade sexual, consoante as respeitáveis condições humanas, sendo possa servir de templo às manifestações afetivas”, e convida o indivíduo a fugir das aberrações e dos excessos que podem ser praticados, seja qual for a forma de comportamento sexual (heterossexualidade e homossexualidade), mas “... é imperioso reconhecer que todos os seres nasceram no universo para amarem e serem amados”.
Ninguém é homossexual porque quer ou aprendeu a ser. Ser diferente nem sempre é errado. Preconceito é sinônimo de ignorância.
Reencarnações que visam à contenção de impulsos e práticas, principalmente quando de livre escolha do Espírito reencarnante, são manifestações de auto-consciência que buscam a harmonia com as leis através das provas e expiações.


Sem comentários:

Enviar um comentário