fundo

Quando aceitamos o que recebemos, vivemos melhor. Quando as adversidades nos ensinam a nadar, atravessamos o mar. Quando as barreiras dizem que não podemos e não somos capazes, podemos nos redobrar de forças e vencer os obstáculos .

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Senhor é o meu Pastor,



O Senhor é o meu Pastor,

Nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos,

Guia-me mansamente

A águas mui tranquilas,

Refrigera minh’alma,

Guia-me nas veredas da justiça

Por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse

Pelo vale das sombras da morte,

Não temeria mal algum

Porque Tu estás comigo...

A tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas-me o banquete do amor

Na presença dos meus inimigos,

Unges de perfume a minha cabeça,

O meu cálice transborda de júbilo!...

Certamente,

A bondade e a misericórdia

Seguirão todos os dias de minha vida

E habitarei na Casa do Senhor

Por longos dias...



Essa exaltação é de fundamental importância, não apenas para tornar produtiva e disciplinada a existência nos dias tranquilos, mas também para favorecer o equilíbrio e a serenidade quando desabam as tormentas existenciais, reconhecendo, segundo a expressão evangélica, que até os fios de nossa cabeça estão contados (Mateus, 10:30), isto é, o Senhor conhece-nos melhor do que nós mesmos e nos oferece experiências compatíveis com nossas necessidades, sem jamais ultrapassar nossa capacidade de suportá-las, cobrando-nos em suaves prestações débitos que nos esmagariam se fôssemos convocados a resgatá-los numa só parcela.

Pedir é o segundo propósito na oração, algo perfeitamente admissível, um direito de todo filho que se dirige a seu pai.

Por quê? Afinal, Deus conhece perfeitamente nossas necessidades...

Quem raciocina assim desconhece que a oração não objetiva trazer Deus até nós, mas de elevar-nos até Ele; nem se trata de expor nossos desejos e, sim, de criar condições para receber Suas bênçãos, que se espalham por todo o Universo. Estamos mergulhados nelas, diz André Luiz, como peixes no oceano. Todavia, para que as assimilemos é preciso que preparemos o coração, a fim de não nos situarmos como um homem que morre de sede, embora dentro de uma piscina, por recusar-se a abrir a boca.

Há quem reclame que suas preces não são ouvidas. É que pedimos o que queremos; Deus nos dá o que precisamos, e raramente compatibilizamos desejos e necessidades legítimas. A criança com uma fratura na perna pedirá mil vezes a seu pai que a liberte do gesso que a incomoda. Não será atendida, em seu próprio benefício. Todos temos fraturas morais. Se pretendemos que o Senhor nos libere de sofrimentos e dificuldades retificadoras, fatalmente colheremos decepções.

O ideal, portanto, não é pedir que Deus nos favoreça nas situações da Terra, mas que nos fortaleça para as realizações do Céu, inspirando-nos o comportamento mais adequado, a atitude mais digna, o esforço mais nobre.

Em Recados do Além, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel oferece um modelo perfeito para esse tipo de oração, com palavras singelas que dizem tudo:



Jesus! Reconheço que a Tua vontade é sempre o melhor para cada um de nós; mas se me permites algo pedir-Te, rogo me auxilies a ser uma bênção para os outros.

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